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Tranquilo e disposto a colaborar, diz advogado sobre ex-gerente da Petrobrás preso

Criminalista James Walker, que defende Roberto Gonçalves, capturado em Roraima nesta terça-feira na Operação Paralelo, 39ª fase da Lava Jato, afirma que o ex-executivo da estatal estava na capital Boa Vista 'visitando parentes'

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Foto do author Luiz Vassallo
Por Julia Affonso , Ricardo Brandt , Luiz Vassallo e Mateus Coutinho
Atualização:

Edifício da Petrobrás, no Rio. Foto: André Dusek/Estadão

O advogado James Walker, que defende o ex-gerente da Petrobrás Roberto Gonçalves, declarou nesta terça-feira, 28, que o ex-executivo da estatal está 'tranquilo e disposto a colaborar com a Justiça'. Roberto Gonçalves foi preso pela Operação Paralelo, 39ª fase da Lava Jato, em Boa Vista, Roraima.

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"Ele está tranquilo e absolutamente disposto a colaborar com a Justiça no que for necessário", relatou James Walker.

Segundo o criminalista, o ex-gerente da Petrobrás estava na capital 'visitando parentes'. "Ele não tem impedimento para viajar a Roraima. A esposa estava aqui. Ele foi preso um pouco antes das 10h, horário do Rio", afirmou.

O defensor disse ao Estado que o ex-executivo da Petrobrás deve chegar amanhã de manhã a Curitiba. Por causa da distância, a questão logística está sendo avaliada.

A força-tarefa da Lava Jato afirma que foram identificadas cinco contas bancárias, sendo que uma delas, registrada em nome da offshore Fairbridge Finance SA e que tem Roberto Gonçalves como beneficiário final, recebeu, somente em 2011, cerca de US$ 3 milhões de offshores ligadas ao Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht.

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A Procuradoria da República apontou ainda para outra conta, registrada no nome da offshore Silverhill Group Investment Inc.. Esta conta, que também tem Gonçalves como beneficiário final, teria recebido, em 2014, mais de US$ 1 milhão provenientes da conta em nome da offshore Drenos Corporation, vinculada ao ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque.

Sobre as contas no exterior, o advogado foi taxativo. "Eu desconheço."

Roberto Gonçalves já havia sido preso temporariamente pela Lava Jato em novembro de 2015, na Operação Corrosão, 20ª fase da Lava Jato. Segundo o advogado, o ex-executivo da estatal foi solto naquele momento 'porque não havia nenhum elemento que justificasse a conversão da temporária em preventiva'.

"Passou-se mais de um ano e sai agora esse mandado de prisão preventiva. Até onde nos enxergamos os autos, não houve nenhuma modificação fática para justificar essa determinação. É claro que nós vamos ter acesso à decisões, embora já tenha visto parte das decisões pelo sistema E-proc, da Justiça Federal. Nós vamos ter acesso mais próximo e aprofundado, para saber qual foi a motivação dessa reversão de entendimento do Dr. Sérgio Moro, motivada por um requerimento do Ministério Público Federal", disse James Walker.

 

 

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