Pedro Prata
17 de janeiro de 2020 | 16h22
A Polícia Federal descapitalizou o tráfico em R$ 653,8 milhões, ao longo de 2019. Sucessivas operações contra lavagem de dinheiro do mercado de entorpecentes indicam aumento de 44% com relação aos sequestros patrimoniais efetivados em 2018, ficando cerca de R$ 11,2 milhões abaixo do recorde de 2017 – ano em que o confisco de valores e bens bateu em aproximadamente R$ 665 milhões.
Foto: PF/Divulgação
Veja a PF contando a fortuna do tráfico
O ataque sistemático às finanças do tráfico é uma das bandeiras do ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública).
A PF informou que este dinheiro ‘deixou de financiar ações criminosas em vários países’. “Os números confirmam o empenho da Instituição em promover a descapitalização financeira de organizações criminosas.”
Apreensão de 970 kg de cocaína. Foto: Polícia Federal/Divulgação
O valor total retirado de circulação nos últimos cinco anos ultrapassa R$ 2 bilhões, destaca a PF.
Os investigadores miram na identificação do fluxo de capitais provenientes do tráfico de drogas e, munidos de ordem judicial, realizam o bloqueio de contas bancárias ligadas às organizações criminosas.
Foto: Twitter/@SF_Moro/Divulgação
“O crime não pode compensar”, escreveu Moro em seu Twitter. “Com a introdução na Lei 13.886 do confisco alargado (confisco amplo do patrimônio de profissionais do crime) os números vão crescer”, prevê o ex-juiz da Lava Jato.
Dinheiro do tráfico apreendido no Porto de Santos. Foto: Polícia Federal/Divulgação
A Lei 13.886, sancionada em 17 de outubro de 2019, estipula que o dinheiro apreendido do tráfico de drogas deverá ser destinado para o Fundo Nacional Antidrogas (Funad), a ser gerido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, do Ministério da Justiça.
Foto: Twitter/@SF_Moro/Reprodução
Montantes, em reais, de sequestros de bens e valores solicitados pela PF, entre 2010 e 2019:
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