Julia Lindner/BRASÍLIA
16 de março de 2020 | 21h37
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. Foto: Gabriela Biló / Estadão
BRASÍLIA – O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, reuniu nesta segunda-feira, 16, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para discutir medidas de combate ao novo coronavírus. O encontro ocorre um dia após o presidente Jair Bolsonaro ignorar orientações médicas para participar de manifestação contra o Congresso e o Supremo.
Bolsonaro violou a lei ao deixar isolamento para teste de coronavírus e cumprimentar manifestantes?
Toffoli, ao fim do encontro, adotou um tom de pacificação e evitou comentar o episódio. “Essas manifestações não foram pauta da reunião de hoje”, disse o ministro.
O presidente do STF afirmou que o presidente da República foi representado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “O Executivo estava presente através do seu ministro da Saúde. O presidente Jair Bolsonaro está o tempo todo com o seu ministro da Saúde. Aliás, ele escolheu o ministro da Saúde, que é um excelente ministro, uma pessoa extremamente preparada. Houve impressão positiva por parte de todos.”
Questionado se a participação de Bolsonaro em ato que pediu o fechamento do Congresso e do STF causou algum tipo de constrangimento, Toffoli repetiu que o assunto “não foi objeto da reunião”. “Estou aqui para falar da reunião.”
Segundo Toffoli, o Supremo deve manter sessões presidenciais, com restrições. Enquanto isso, a Corte também vai ampliar a atuação do plenário virtual. Ele disse que isso não prejudicará a participação dos advogados, da advocacia pública e privada e da Procuradoria-Geral da República.
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