Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

'Testa de ferro' de Youssef aceita acareação para falar sobre PSDB

Leonardo Meirelles declarou à Justiça que doleiro atuava também para o PSDB, além do PT, PMDB e PP

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Por Ricardo Brandt e Fausto Macedo

 Foto: Estadão

PUBLICIDADE

Leonardo Meirelles, apontado como "testa de ferro" de Alberto Youssef nas indústrias farmacêuticas Labogen, aceita o desafio da acareação na Justiça feito pelo doleiro.

Meirelles declarou formalmente em juízo no dia 20 de outubro que o PSDB também usava os serviços da lavanderia alvo da Operação Lava Jato.Youssef, mentor do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro ilícito, nega ter atuado para o PSDB e, por meio de seu advogado, disse que quer uma acareação com seu testa de ferro.

Em petição ao juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato, juntada nesta quinta feira, 23, ao processo que trata sobre desvios, corrupção e lavagem de dinheiro nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, o advogado de Mereilles, Haroldo César Náter, informa que "se for do juízo de vossa excelência, está disposto a participar do procedimento de acareação".

VEJA A ÍNTEGRA DA PETIÇÃO DA DEFESA DE MEIRELLES

Publicidade

Youssef e o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, outro alvo central da ação penal, afirmaram no dia 8 que PT, PMDB e PP loteavam diretorias na estatal e cobravam propina de até 3% de grandes construtoras.

Na última segunda-feira, 20, ao ser ouvido no processo como réu, Meirelles espontaneamente citou o PSDB ao ser perguntado pelo próprio advogado sobre se ele tinha conhecimento de que outro partido, além do PT, PMDB e PP, tinham negócios com Youssef.

A afirmação de Meirelles fez com que o doleiro entrasse com um pedido de acareação e desafiou seu "testa de ferro" por meio de seu advogado Antônio Figueiredo Basto a provar sua relação com o PSDB e com o ex-presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE), que morreu em março deste ano.

Em delação premiada, que faz parte dos processos que estão no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolver réus com foro privilegiado, Paulo Roberto Costa afirmou que Sérgio Guerra, em 2009, cobrou R$ 10 milhões do esquema para abafar a CPI da Petrobrás no Senado.

Na petição, o advogado de Meirelles defende que "referida acareação deverá tratar, entre outros pontos divergentes, da questão que se refere à liderança da organização criminosa, quando o ora requerente provará que Alberto Youssef era o líder da mesma".

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.