Fabio Serapião
01 de julho de 2017 | 19h30
Michel Temer. Foto: Evaristo Sá/AFP
O presidente Michel Temer se reuniu neste sábado, 1, em São Paulo, com seu advogado, o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, para discutir a defesa que será entregue na Câmara. Temer leu os argumentos que serão levados à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para rebater a acusação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O PGR afirma que Temer praticou o crime de corrupção passiva ao lado de seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures.
O presidente ficou com uma cópia da defesa que ainda não foi finalizada. No material produzido até o momento Temer não pediu nenhuma alteração. Após o oferecimento da denúncia por Janot, Mariz afirmou que o documento era uma ‘peça de ficção’.
Na CCJ Temer terá até dez sessões plenárias para apresentar a sua defesa e de mais cinco para o relator, ainda não designado, emitir seu parecer. O relator vai produzir um parecer para informar se a comissão é contra ou a favor do pedido de autorizar a abertura de ação penal. Da CCJ, o pedido deve seguir ao Plenário, onde a votação é nominal, com necessidade de dois terços dos deputados (342 dos 513) para que o STF possa instaurar processo.
Se não for formada a maioria exigida, a denúncia fica suspensa até Temer deixar o cargo de presidente.
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