Ricardo Brandt, Julia Affonso e Luiz Vassallo
05 de setembro de 2017 | 18h17
Michel Temer. FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
O presidente Michel Temer requereu nesta terça-feira, 5, acesso a todas as gravações do caso JBS, inclusive a sete arquivos de áudio ‘que haviam sido apagados dos gravadores apresentados pelos delatores, mas que foram recuperados pelo Instituto Nacional de Criminalística’.
A ofensiva do presidente se dá um dia depois que o procurador-gveral da República Rodrigo Janot divulgou pedido de investigação sobre ‘grave omissão’ que teria sido verificada na delação dos executivos da JBS.
A nova investigação de Janot tem base no áudio de uma conversa de Joesley Batista, principal acionista do grupo. e o executivo Ricardo Saud, ocorrida provavelmente em 17 de março.
A gravação levanta suspeitas sobre a conduta do ex-procurador da República Marcelo Miller, que ainda atuava na equipe de confiança de Janot quando passou a atuar em favor do grupo empresarial que mergulhou o governo Temer em sua pior crise política.
Os pedidos de Temer foram protocolados no gabinete do ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal. As petições são subscritas pelo criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira.
O advogado do presidente pede acesso aos sete arquivos de áudio que haviam sido apagados dos gravadores apresentados por Joesley e seus executivos. E também acesso à íntegra de todas as gravações e arquivos digitais de áudio e vídeo.
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