O presidente Michel Temer disse para o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira que só vai escolher o novo ministro da Justiça depois da sabatina a que o advogado Alexandre de Moraes será submetido no Senado pela cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal. A informação foi dada por Mariz, que foi recebido por Temer em São Paulo, nesta sexta-feira, 10.
Os dois são amigos. Eles conversaram longamente, não apenas sobre a sucessão no Ministério da Justiça que mantém em seu organograma a Polícia Federal da Lava Jato.
Falaram também sobre a crise da segurança pública no País, tema que Mariz entende bastante. Ele foi secretário da área em São Paulo no Governo Orestes Quércia (1987/1991). O próprio Temer comandou a Polícia paulista nos governos Franco Montoro (1983/1987) e Fleury Filho (1991/1994).
Mariz é citado frequentemente como um nome para a vaga deixada por Moraes, que deixou o Ministério após ser indicado pelo presidente para ocupar a cadeira que foi do ministro do STF Teori Zavascki, morto em janeiro em um acidente aéreo.
Mas Temer ainda não definiu quem vai escolher para o Ministério.
Segundo Mariz, o presidente disse a ele que só vai mesmo definir o nome do novo ministro depois da sabatina de Moraes.