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Tecnologia e conectividade podem revolucionar a Saúde no Brasil

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Por Eduardo Cerqueira
Atualização:
Eduardo Cerqueira. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

O processo de transformação digital ganhou uma amplitude gigantesca nos últimos meses. Todos os setores puderam enxergar de perto a necessidade de se tornar digital. E com a saúde não foi diferente, pois no período em que mais zelamos por ela, empresas e instituições criaram e reinventaram suas estratégias para atender a nova realidade da população em um cenário extremo de pandemia.

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A crise na saúde pública coloca pressão no Sistema Único de Saúde (SUS). Embora seja bastante eficiente, o SUS está sobrecarregado, e acaba não conseguindo atender todas as demandas de forma rápida. Como exemplo, apenas na cidade de São Paulo há mais de 150 mil cirurgias eletivas aguardando em filas de espera.

Por outro lado, anualmente, vivemos um aumento do número de hospitais privados que possuem capacidade ociosa em seus centros cirúrgicos, enquanto que nos últimos anos, quase 5 milhões de pessoas deixaram de ter acesso aos planos de saúde, em sua grande maioria, por questões financeiras.

Sabemos que a saúde já despende mais de 600 bilhões de reais por ano no Brasil. E não são suficientes para que o sistema seja capaz de atender aos quase 210 milhões de brasileiros. Não temos condições de gastar mais -- as contas públicas não fecham e o custo da saúde suplementar cresce a mais de 3 vezes a taxa de inflação do país.

E é neste contexto que entra a tecnologia. Atualmente o mercado conta com o crescimento expressivo das startups de saúde. De acordo com uma pesquisa do Distrito Healthtech Report Brasil 2020, realizada pela empresa de inovação aberta, nos últimos cinco anos, duplicaram o número de Healthechs no País.

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Essas mais de 400 startups trazem a inovação tecnológica capaz de permitir que a saúde alcance mais pessoas com os mesmos recursos. A pandemia causada pela COVID-19, acelerou essa mudança tecnológica no setor, apresentando soluções que antes pareciam longe de se tornar realidade. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins nos Estados Unidos, e o consenso que se forma no setor no Brasil, muitos benefícios que acabaram surgindo nesse período serão adotados permanentemente, a exemplo do que se espera possa acontecer com a telemedicina.

Outro exemplo é uma maior integração e conectividade nos serviços. As plataformas digitais simplificam de forma ágil e inteligente benefícios que antes estavam de certa forma parados no tempo ou desatualizados.

Hoje podemos contar com soluções 100% on-line que conectam de forma assertiva pessoas/pacientes a serviços da área da saúde. Quando imaginaríamos que seria possível agendar um procedimento cirúrgico sem burocracia e surpresa nos valores ou fazer uma consulta médica com um super especialista que está a centenas de quilômetros do paciente, e que a letra difícil de entender de um médico seria substituída por uma receita digital com certificado e integrada às redes de farmácias?

Na área de tecnologia, tive o prazer de entender mais sobre o universo das healthtechs em busca de ferramentas que trazem uma revolução ao setor e esperança para milhares de famílias que só desejam uma coisa: acessar serviços oferecidos por hospitais particulares, hoje alcançados quase sempre por planos de saúde que estão fora da realidade financeira da maioria da população.

O mais importante agora é que as soluções venham cada vez mais de encontro com as adversidades que a população enfrenta para que juntos, possamos sanar a grande maioria dos problemas que afetam a qualidade de vida dos brasileiros. Para ser inovador é preciso ter acessibilidade, rapidez, eficiência, conectividade, integração e uma solução que gere oportunidades não só para quem busca o serviço, mas também para outras empresas. Conseguem ver como tudo está interligado? Só conseguimos promover qualidade no sistema de saúde porque outros parceiros buscam o mesmo objetivo e com isso, juntos criamos uma solução para quem necessita e não pode esperar.

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*Eduardo Cerqueira, CIO & co-founder da Vidia

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