Fausto Macedo, Julia Affonso e Luiz Vassallo
25 de abril de 2017 | 16h48
Pecuarista José Carlos Bumlai. FOTO: Rodolfo Buhrer/REUTERS/
O Supremo Tribunal Federal revogou nesta terça-feira, 25, a prisão do pecuarista José Carlos Bumlai – amigo do ex-presidente Lula condenado na Lava Jato no emblemático episódio do empréstimo de R$ 12 milhões do Banco Schahin, dinheiro que teria sido destinado ao PT, em outubro de 2004.
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Bumlai está em prisão domiciliar em São Paulo desde novembro de 2016 – regime em que já havia permanecido de março a agosto.
A revogação da prisão preventiva de Bumlai acolhe pedido da criminalista Daniella Meggiolaro. Um dos argumentos usados pela defesa foi o estado de saúde do acusado, atingido por um câncer e problemas cardíacos.
Nesta terça, por 3 a 2, os ministros do Supremo revogaram o decreto de prisão preventiva contra Bumlai, imposto pelo juiz federal da Operação Lava Jato Sérgio Moro.
Votaram pela revogação da prisão os ministros Celso de Mello, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. O relator da Lava Jato na Corte, Edson Fachin e o ministro Ricardo Lewandowiski votaram pela manutenção da domiciliar.
Bumlai aguarda julgamento da apelação – contra a condenação imposta por Moro – com parecer favorável do Ministério Público Federal, para reduzir a pena, com grande chance de prescrição.
“Finalmente foi reconhecida a injustiça do decreto de prisão preventiva do sr. Bumlai, independentemente de seu estado de saúde precário”, declarou a advogada Daniella Meggiolaro.
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