Redação
09 de outubro de 2015 | 22h53
O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou a delação premiada de Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, apontado como lobista do PMDB e sócio oculto do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ). A informação foi divulgada pelo Jornal Nacional da TV Globo na edição desta sexta-feira, 9.
Baiano está preso em Curitiba, base da missão Lava Jato. Ele foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 16 anos e um mês de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro. Na mesma ação, o juiz condenou o ex-diretor de Internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, a 12 anos e três meses de prisão.
No processo, o lobista Júlio Camargo – que fez delação premiada – declarou que Eduardo Cunha o pressionou, em 2011, por uma propina de US$ 5 milhões em contrato de navios sonda da Petrobrás.
O presidente da Câmara não é réu nesta ação, mas no âmbito deste mesmo caso ele foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro – como parlamentar, o peemedebista detém foro privilegiado perante a Corte máxima.
Acuado, na iminência de sofrer novas condenações, Fernando Baiano decidiu fazer delação premiada. Como ele citou parlamentares em seus relatos, a delação foi homologada pelo Supremo.
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