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Suíça desbloqueia mais US$ 70 milhões da Lava Jato

Procurador-geral do Brasil, Rodrigo Janot, e seu colega suíço, Michael Lauber, se reuniram em Berna para discutir cooperação; no curso de 60 investigações já foram congelados no país europeu cerca de US$ 800 milhões

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Por Fausto Macedo , Julia Affonso e Mateus Coutinho
Atualização:

 

Rodrigo Janot. Foto: André Dusek/Estadão

Durante reunião nesta quinta-feira, 17, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o procurador-geral da Suíça, Michael Lauber, discutiram o desbloqueio de mais US$ 70 milhões relativos a desvios na Petrobrás descobertos na Operação Lava Jato - investigação sem precedentes que desmontou cartel de empreiteiras e esquema de propinas a políticos. Janot quer repatriar o dinheiro para indenizar o Tesouro e a estatal petrolífera.

As informações foram divulgadas pela Procuradoria-Geral da República.

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Janot e Lauber conversaram sobre a criação de uma equipe conjunta de investigação com objetivo de acelerar procedimentos conduzidos pelas duas Procuradorias. Os procuradores-gerais reafirmaram o compromisso de cooperação.

A Procuradoria-Geral da Suíça já abriu 60 investigações, desde abril de 2014 - quando estourou no Brasil a Lava Jato -, por suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo ex-dirigentes da Petrobrás, doleiros, lobistas, empresários e políticos.

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Essas investigações miram em 340 transações bancárias relacionadas ao esquema de corrupção e propinas na estatal petrolífera. A Suíça pediu documentos relativos a mais de mil contas bancárias alojadas em 40 instituições financeiras.

No curso dessas 60 investigações, cerca de US$ 800 milhões em ativos mantidos na Suíça foram congelados. Em 2015, US$ 120 milhões foram desbloqueados com o consentimento dos titulares das contas. Os valores foram repatriados para cobrir perdas relacionadas à maior ofensiva contra a corrupção no Brasil.

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