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STJ quer manifestação da Procuradoria sobre pedido de suspensão de processo contra Witzel por 'supressão' de trecho da delação de Edmar Santos

Advogados do governador afastado do Rio dizem que registro audiovisual a delação premiada ex-secretário de Saúde do Rio é interrompido em 'trecho mais relevante'

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Por Pepita Ortega e Fausto Macedo
Atualização:

O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Foto: Adriano Machado / Reuters

O juiz Felipe Berkenbrock Goulart, que atua no Superior Tribunal de Justiça como juiz instrutor no gabinete do ministro Benedito Gonçalves, pediu neste domingo, 25, que o Ministério Público Federal se manifeste sobre um petição apresentada à corte pela defesa do governador Wilson Witzel, afastado do cargo desde a abertura da Operação Placebo em agosto de 2020.

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Os advogados do político alegam que houve 'supressão ou desaparecimento do trecho mais relevante' dos vídeos da delação premiada ex-secretário de Saúde do Rio Edmar Santos e querem que o processo de organização criminosa contra Witzel seja suspenso.

Além de enfrentar um processo de impeachment, Witzel é alvo de três denúncias no Superior Tribunal de Justiça: uma que mira R$ 554 mil em propinas que teriam sido lavadas por meio do escritório de advocacia da então primeira-dama Helena Witzel; outra que imputa ao governador participação em núcleo político de organização criminosa; e a última referente a supostas propinas de R$ 53 milhões em esquema de liberação irregular de pagamentos do Estado à organização social Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus.

Em resposta à acusação encaminhada em novembro ao STJ, a defesa de Witzel alegou que a denúncia por organização criminosa 'estaria lastreada exclusivamente' no acordo de colaboração celebrado por Edmar Santos e no depoimento do empresário Edson Torres, também denunciado pela Procuradoria.

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Os advogados de Witzel alegam que o trecho da colaboração de Edmar Santos que trata da suposta organização criminosa contém 'grave vício', uma vez que o registro audiovisual de tal termo de colaboração 'é interrompido no minuto 00:52:00, sendo certo que os quase 30 minutos restantes não estão registrados em vídeo'. Segundo a defesa, seria em tal momento que o delator teria revelado a 'caixinha de propinas' instituída dentro da Secretária de Saúde do governo Witzel.

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