PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Eike fica em prisão domiciliar, decide STJ

Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça resolveram que só o Supremo poderia revogar liminar de Gilmar Mendes que permitiu soltura do empresário em abril

Por Breno Pires e Rafael Moraes Moura
Atualização:

O empresário Eike Batista. Crédito:FÁBIO MOTTA/ESTADÃO Foto: Estadão

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) até chegou a discutir a possibilidade de voltar a determinar a prisão de Eike Baptista, mas, por 3 votos a 1, os ministros mantiveram a prisão domiciliar do empresário. Os ministros resolveram que só o Supremo Tribunal Federal (STF) poderia revogar a decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, da Suprema Corte, que possibilitou a soltura do empresário em abril, após ser preso em janeiro na Operação Eficiência.

PUBLICIDADE

A decisão do STJ reconhece a validade do decreto de prisão contra Eike de autoria do juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, mas observa que ainda está pendente no Supremo o julgamento do mérito do habeas corpus do empresário.

A decisão de levar ao julgamento do mérito depende do relator, Gilmar Mendes.

Na mesma situação de Eike está Flávio Godinho, considerado braço direito do empresário Eike Batista e preso na Operação Calicute.

Godinho é acusado de intermediar contratos fraudulentos entre Batista e agentes políticos, além de ter agido para obstruir as investigações.

Publicidade

Apesar de entenderem que a prisão é fundamentada, os ministros do STJ decidiram que cabe ao STF decidir sobre a validade ou não da liminar de Gilmar Mendes que concedeu liberdade a Godinho. Mas ele não conseguiu reverter a prisão domiciliar que lhe foi determinada depois pelo juiz Marcelo Bretas.

O terceiro investigado no âmbito das operações Calicute e Eficiência que teve habeas corpus negado na tarde desta terça-feira, 8, foi Sergio de Castro Oliveira, ex-assessor do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral. Sergio de Castro Oliveira é acusado de ser um operador financeiro da organização, suprindo financeiramente familiares do ex-governador. O pedido de liberdade foi rejeitado.

Soltura. Por outro lado, os ministros do STJ decidiram soltar três investigados, com possibilidade de aplicação de medidas cautelares diferentes da prisão. Um deles é o publicitário Francisco de Assis Neto, ex-secretário adjunto da área de publicidade do governo de Sérgio Cabral.

Também foi solto Thiago Aragão, advogado e ex-sócio de Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral. Ele é acusado de ter recebido cerca de R$ 1 milhão em dinheiro, fruto da atividade aparentemente criminosa. O terceiro a ser solto é Luiz Paulo Reis, preso no âmbito da Operação Calicute, sócio de Hudson Braga em empresas supostamente utilizadas para lavar dinheiro da organização liderada por Sérgio Cabral.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.