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Ataque hacker trava 12 mil julgamentos e paralisa atividades no STJ

Equipe de peritos da Polícia Federal tenta identificar invasores e ainda calcula danos

Por Patrik Camporez e Breno Pires/BRASÍLIA
Atualização:

Sede do Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. Foto: Google Maps/Reprodução

O ataque hacker que afetou os sistemas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) impediu, apenas nesta quarta-feira, 4, que 2500 decisões monocráticas fossem concluídas e publicadas. Os ministros e assessores da Corte estão impedidos até mesmo de utilizar seus e-mails e fazer qualquer movimentação nos processos até segunda ordem. A Polícia Federal investiga a origem da invasão virtual.

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O Estadão apurou que havia a previsão de os ministros julgarem 280 processos hoje, de forma virtual, mas as análises não ocorreram. Outros 126 casos que seriam avaliados em sessões colegiadas também foram paralisados.

Até a próxima segunda-feira, quando está previsto para as atividades na Corte voltarem ao normal, pelo menos 12 mil decisões (individuais, colegiados e virtuais) terão deixado de ser publicadas. A informação foi confirmada ao Estadão pela assessoria do tribunal.

Na tarde de hoje, uma equipe de peritos de informática da Polícia Federal começou a investigar os reais danos provocados pelo ataque e tenta encontrar pistas que possam levar aos invasores. Por volta das 15 horas, esses técnicos ainda permaneciam na sede da Corte, em Brasília, investigando o caso.

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O ataque hacker foi verificado na tarde desta terça-feira, 3, quando aconteciam as sessões de julgamento dos colegiados das seis turmas.

Em razão da tentativa de invasão à rede de tecnologia da informação, o tribunal suspendeu os prazos processuais até a próxima segunda-feira, 9. Durante o período, as demandas urgentes, como habeas corpus, estarão centralizadas na presidência da Corte.

O STJ ainda suspendeu e cancelou todas as sessões de julgamento, virtuais e por videoconferência, até o restabelecimento da segurança do tráfego de dados dos sistemas.

A PF está apurando o caso por meio de uma diligência de verificação. A equipe de investigação disse que esse é um procedimento padrão, que precede a instalação do inquérito.

Como forma de precaução, a área de TI da Corte também recomendou aos usuários - ministros, servidores, estagiários e terceirizados - que não utilizem computadores que estejam conectados com algum dos sistemas do STJ, até que seja garantida a segurança do procedimento.

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