PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Sobre 2016

Por Marcelo Knopfelmacher
Atualização:
Marcelo Knopfelmacher. Foto: Divulgação

O ano foi muito difícil na política e na economia. Dificílimo. Porém, os brasileiros deram uma lição de cidadania e de neo política.

PUBLICIDADE

Sim, porque o nosso sistema bicameral se dividiu entre Brasília e as ruas. Tudo que Brasília aprovava, mas as ruas rejeitavam, voltava à estaca zero. Ou era revogado.

Assim foi em relação a vários temas de nossa vida política neste ano. Personagens até então intocáveis saíram de cena a partir da Câmara (ou seria o Senado?) das ruas. O STF mudou sua jurisprudência para acolher os Decretos e as Resoluções "interna corporis" das ruas. O apoio incondicional e intransigente à Operação Lava Jato também adveio das tribunas e do plenário das ruas.

Vão dizer que as pautas eram difusas, que o povo era manipulado.

Discordo. O povo é sábio.

Publicidade

Estamos diante da neo política, em que a mobilização e o engajamento via redes sociais mostrou uma nova realidade de transformação social.

É possível que com o avanço dessas tecnologias - e da prática desses novos comportamentos de modo sistemático - nem mais seja necessário um Congresso tal e qual concebemos hoje.

Se 2016 foi um ano dificílimo, como de fato foi, avançamos em nosso processo de fortalecimento democrático por meio da participação popular.

Esse foi, na minha avaliação, nosso grande ganho em 2016.

Que venha 2017 com a renovação da esperança de um país melhor. Nós, brasileiros engajados, temos certeza de que merecemos e de que é possível.

Publicidade

Feliz ano novo.

* Marcelo Knopfelmacher, advogado tributarista

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.