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Sinais de paz mais fortes do que de guerra

Por Luiz Paulo Ferreira Pinto Fazzio
Atualização:
Luiz Paulo Ferreira Pinto Fazzio. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Realizar missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento, e missões "assassino-caçador" sobre terra ou mar. Este é o objetivo do MQ-9 Reaper/Predator B, aeronave pilotada remotamente, desenvolvida e fabricada pela General Atomics Aeronautical Systems, Inc.

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Horas antes da atual administração dos Estados Unidos empregar o MQ-9 para neutralizar alvos em território iraquiano, foi publicada opinião de Steve Simon, no jornal The New York Times, sob o título "Hypersonic Missiles Are a Game Changer".

No texto de opinião uma enorme coincidência. O autor formula a seguinte pergunta hipotética: "E se o ex-comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Qassim Suleimani, visitar Baghdad para uma reunião e você souber o endereço? As tentações para usar mísseis hipersônicos serão muitas".

Outra coincidência é que, exatamente um ano antes do ataque com o MQ-9, no dia 2 de janeiro de 2019, durante uma reunião no gabinete presidencial na Casa Branca, enquanto o presidente falava, sob sua mesa havia pôster em forma de meme com alerta ao Irã sobre sanções, filmado e fotografado pela imprensa.

Apesar de toda energia, estruturas e processos empregados para que guerras fossem iniciadas pela atual administração dos Estados Unidos contra a Síria e a Coréia do Norte, o fato é que elas não ocorreram. Parece claro que a atual administração não quer iniciar uma guerra contra o Irã.

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As administrações anteriores dos Estados Unidos, sem nenhuma dúvida, queriam guerra, estavam a serviço da guerra, da troca de regime. Guerras do Golfo, Iraque, Afeganistão. Os povos não querem guerra. Os americanos, os iranianos, os iraquianos não querem guerra.

No final de 2017, a convite do presidente chinês, o presidente americano se tornou o primeiro líder estrangeiro a jantar na cidade proibida, desde que fundada a China moderna. Essa honra não foi concedida a nenhum outro presidente americano, desde que instituída a República Popular da China.

Há sinais de avanços significativos no multilateral, complexo, e nem sempre bem divulgado, processo de desinstalação de estruturas e processos desenvolvidos e empregados com o objetivo de deflagrar conflitos armados e guerras. Por outro lado, a expectativa é que tais estruturas continuem tentando.

*Luiz Paulo Ferreira Pinto Fazzio, advogado

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