O ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, foi condenado na Lava Jato a quatro anos e cinco meses de prisão por corrupção passiva. O petista foi denunciado na operação por ter recebido um veículo Land Rover como propina em troca de favorecimentos da empreiteira GDK em licitação da Petrobrás para execução de obras da Unidade de Tratamento de Gás de Cachimbas, no Espírito Santo.
Além de Pereira, foram condenados o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e o ex-administrador da GDK César Roberto Santos de Iliveira. As penas foram de três anos e onze meses e quatro anos e cinco meses, respectivamente, em regime semiaberto. Outro ex-administrador da empreiteira, José Santos Reis, e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro foram absolvidos.
Segundo Bonat, as condutas do grupo produziram 'enorme potencial danoso' às contas da Petrobras, que contratou opção menos vantajosa para a estatal por um preço elevado. A diferença teria ficado em cerca de R$ 30 milhões.
A denúncia no caso foi apresentada em 2016. Segundo a Lava Jato, Pereira gerenciava um sistema de apadrinhados políticos da legenda para cargos de livre indicação no governo federal, sendo um deles o de diretor da Petrobrás, que foi ocupado por Renato Duque.
Segundo as investigações iniciadas a partir da delação de Milton Pascowitch, Renato Duque fraudou licitação da estação de Cacimbas em favor da GDK, que venceu o pregão e se comprometeu a pagar 1,5% do valor do contrato em propina, cerca de R$ 469 mil.
Uma semana antes do início da licitação, Pereira recebeu o Land Rover adquirido pela GDK no valor de R$ 74 mil. Posteriormente, após a revelação do repasse do veículo ao ex-secretário-geral, o recurso de uma das empresas que disputava a licitação foi atendido e a Engevix se saiu vencedora, também por intermédio de propinas.
COM A PALAVRA, A DEFESA DOS CONDENADOS A reportagem busca contato com a defesa de Silvio Pereira. O espaço está aberto para manifestação de todos os condenados pelo juiz da Lava Jato em Curitiba.