Marcos Farias*
09 de abril de 2021 | 03h30
Marcos Farias. FOTO: LUCIANO ALVES
O uso da computação em nuvem veio para ficar. É uma tecnologia que se tornou estratégica para a competitividade das empresas, que também adotam o modelo em busca de redução de custos. Isso é possível porque, quando está na nuvem, a companhia não precisa ter preocupações com equipamentos que podem ficar obsoletos em pouco tempo. Tampouco com a necessidade de investir em grandes servidores e tudo o que isso acarreta, em termos de dispositivos, softwares e gastos na aquisição.
A nuvem pode ser entendida como um serviço oferecido geralmente por empresas gigantescas para hospedar aplicativos, bancos de dados e arquivos (documentos, fotos, planilhas, etc.) em servidores instalados a quilômetros de distância. Esse modelo permite acessar arquivos e executar diferentes tarefas pela internet, sem necessidade de instalar programas no seu computador ou no sistema da empresa. Ou seja, por meio dela, é possível acessar seus programas, documentos e informações de forma online.
A companhia que fornece o serviço de hospedagem oferece todos os meios para que isso seja possível: arquivos, redes, softwares, bancos de dados e servidores, além do espaço para o armazenamento.
Embora seja uma tendência, é preciso se inteirar de vários aspectos antes de partir para a nuvem. Conheça sete deles:
1. Fornecedor: além de um bom preço, deve comprovar qualidade e eficiência na prestação desse serviço. E que seja capaz de atendê-lo sempre que houver necessidade, principalmente em momentos de expansão. Ou seja, é preciso deixar claro qual é a disponibilidade, se o suporte e o monitoramento funcionam 24×7 (24 horas por dia, 7 dias por semana) e qual deve ser o prazo máximo para atender a um chamado, entre outros itens.
2. Planejamento: deve ser bem estruturado, definindo o que, como, quando e quem fará a migração, considerando por um lado as necessidades e prioridades da organização bem como o conhecimento da equipe de maneira a minimizar riscos de durante o processo de transição.
3. Tipo de nuvem: pode ser pública, privada ou híbrida.
4. Backup e Redundância: o fornecedor precisa ter sistemas e processos de backup eficientes, incluindo planos de contingência para garantir que não haja perdas de dados e que tudo possa continuar funcionando mesmo em casos excepcionais.
5. Compatibilidade: deve confirmar a compatibilidade entre seus sistemas com as ofertas do provedor de nuvem.
6. Licença: eventualmente, a aplicação utilizada pela empresa pode precisar de um novo licenciamento para utilizá-la na nuvem. As empresas precisam considerar isso antes de partir para a nuvem e podem inclusive aproveitar a oportunidade para considerar novas alternativas de software mais modernas e projetadas para aproveitar melhor as vantagens próprias da nuvem.
7. Equipe: todos os ganhos que a nuvem proporciona podem não ser plenamente aproveitados, caso a equipe não esteja preparada para isso, e em tempos de LGPD, esta falta de conhecimento pode inclusive acarretar problemas de segurança que podem trazer grandes perdas para a empresa. Por isso é importante considerar as necessidades de aprendizado de sua equipe.
Como se vê, ainda que seja uma tecnologia que simplifica a vida de profissionais e corporações, escolher a melhor solução não é algo fácil. É preciso conhecer os melhores fornecedores, os sistemas que oferecem, o tipo de nuvem e até como será utilizado pela equipe. Enfim, como praticamente tudo no mercado de TI, quanto mais informações, melhor. Por conta disso, valorize soluções e profissionais que estejam antenados com todas as tendências e tenham as melhores certificações disponíveis.
*Marcos Farias é CEO e sócio-fundador da Arki1
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