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Sérgio Côrtes denunciado por peculato em ação de desvios de R$ 52 mi na Saúde do Rio

Ex-secretário da Pasta no governo Sérgio Cabral é acusado com outros 29 investigados

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Por Caio Blois
Atualização:

Sérgio Côrtes. FOTO FÁBIO MOTTA/ESTADÃO  

O Ministério Público Federal denunciou Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde do Rio, por desvios de recursos da área. De acordo com a denúncia, a corrupção envolvendo a OS Pró-Saude causou prejuízo de R$ 52 milhões aos cofres públicos. Outros 29 citados foram denunciados por supostamente participarem do esquema. Dez empresas são citadas no documento.

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A DENÚNCIA

O Ministério Público Federal atribui aos investigados crimes de quadrilha, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo, corrupção ativa e passiva estão na denúncia, com fatos apurados a partir da Operação S.O.S.

A OS Pró-Saúde administrou diversos hospitais do Rio a partir de 2013. Chamou a atenção da Procuradoria o orçamento alcançado pela OS após o seu ingresso no Rio.

Os contratos correspondiam a 50% do faturamento nacional da entidade e alcançaram alto crescimento de 100% em dois anos: de R$ 750 milhões em 2013 para R$ 1,5 bilhão em 2015.

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O empresário Miguel Iskin é denunciado como 'arquiteto' da entrada da Pró-Saúde no Rio." Em troca da seleção para administrar hospitais como o Getúlio Vargas, Albert Schwartz, Adão Pereira Nunes e Alberto Torres, Miguel Iskin exigia que a OS lhe repassasse 10% em propina dos pagamentos aos fornecedores."

"O esquema havia sido idealizado de forma a dificultar ao máximo o rastreamento do dinheiro pelos órgãos de controle: as quantias seriam exigidas diretamente de cada fornecedor, portanto os recursos não precisariam sair das contas da Pró-Saúde. Em outros termos, a organização social funcionava como intermediária para que os recursos da Secretaria Estadual de Saúde fossem desviados para Miguel Iskin", relatam na denúncia os procuradores da República que integram a força-tarefa da Lava Jato no Rio.

A denúncia diz que a Secretaria Estadual de Saúde era irrigada com os recursos de caixa arrecadados de forma paralela, mediante pagamento de propinas para funcionários públicos, incluindo o então secretário Sérgio Côrtes. Ele teria continuado recebendo mesmo após sua saída do cargo.

COMA A PALAVRA, A DEFESA DE SÉRGIO CÔRTES

A reportagem entrou em contato com a defesa de Sérgio Côrtes. O espaço está aberto para um posicionamento oficial.

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