PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Segunda Turma do Supremo abre julgamento de denúncia contra Collor

Senador (PTC/AL) pode virar réu da Lava Jato por corrupção na BR Distribuidora

Por Breno Pires e Rafael Moraes Moura
Atualização:

Fernando Collor de Mello. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na tarde desta terça-feira, 15, o julgamento de uma denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República contra o senador Fernando Collor (PTC-AL) no âmbito da Operação Lava Jato.

PUBLICIDADE

Collor é acusado de ter comandado organização criminosa que teria desviado recursos da BR Distribuidora. Nesta segunda-feira (14), o ministro Edson Fachin, presidente da Segunda Turma, negou um pedido da defesa do senador para adiar o julgamento.

Para os advogados de Collor, a realização do julgamento com a presença de apenas três ministros da Segunda Turma - composta ao todo por cinco integrantes - "pode comprometer o aprofundamento do necessário debate em torno das teses controvertidas nesse caso, cuja complexidade é inegável".

Os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes ainda não estão presentes à sessão - o colegiado também é composto por Fachin, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

OUTRAS DO BLOG: + Quero mudar o Brasil, não quero me mudar do Brasil, diz Cármen

Publicidade

Efetivo maior para a Polícia Federal, defende Moro

'Essa reforma política não é uma verdadeira reforma', critica Moro

PF prende dois de confiança do governador Robinson

PF diz que Robinson tentou comprar silêncio de delator da Dama de Espadas

Acusação. Relator do caso, Fachin tornou público antes mesmo do julgamento o relatório sobre a acusação, que aponta cinco supostos crimes cometidos pelo senador. A denúncia envolve Collor e mais oito pessoas. Quanto ao senador e ex-presidente da República, a acusação é dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato.

Publicidade

Todos os nove são acusados de fazer parte de uma organização criminosa, no qual Collor teria atuado em "posição de comando no suposto grupo". Um quinto crime atribuído a Collor é o de tentar impedir as investigações.

Procurada, a assessoria de imprensa disse que o senador não irá se manifestar.

Estão previstas nesta tarde as sustentações orais de seis advogados, que terão cada um de 15 a 30 minutos para falar no julgamento. Isso pode fazer com o que a análise do caso não seja concluída ainda nesta terça-feira.

Desvio. A suposta organização criminosa relacionada à BR Distribuidora atuaria voltada principalmente ao desvio de recursos públicos em proveito particular, à corrupção de agentes públicos e à lavagem de dinheiro.

A denúncia foi assinada em 18 de agosto de 2015, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e foi aditada (ampliada) em março de 2016.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.