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Secretaria destaca 'lealdade e competência' de subsecretário do Rio preso pela PF

Detido nesta manhã na Operação Tolypeutes, Luiz Carlos Velloso, exerce o cargo na pasta de Turismo do governo Luiz Fernando Pezão e é acusado de receber propinas para as obras da Linha 4 do Metrô

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Foto do author Luiz Vassallo
Por Mateus Coutinho , Julia Affonso e Luiz Vassallo
Atualização:

 Foto: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/PAGOS

Após a prisão do subsecretário de Turismo do Estado do Rio, Luiz Carlos Velloso, na manhã desta terça-feira, 14, a secretaria divulgou uma nota afirmando que ele vem exercendo suas funções "com lealdade e competência". O órgão, contudo, não informou se Velloso vai ser exonerado nem se vão ser adotadas medidas para apurar suspeitas de irregularidades envolvendo ele.

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Em um novo desdobramento da Lava Jato no Rio, a Operação Tolypeutes, a Polícia Federal prendeu preventivamente Velloso e o ex-diretor da Riotrilhos Heitor Lopes de Sousa Junior em uma investigação que aponta que eles teriam recebido propinas referentes às obras da Linha 4 do Metrô do Rio.

A nova etapa foi aberta por ordem do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio e com base no acordo de leniência da Carioca Engenharia. A investigação apura R$ 5,4 milhões em propinas e 31 transferências para empresas de Heitor Lopes.

Além das prisões, a PF cumpre nesta terça 13 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de condução coercitiva na capital fluminense e no município de Sapucaia/RJ.

Luiz Carlos Velloso foi subsecretário de Transportes no Governo Sérgio Cabral (PMDB - 2007/2014).

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Em nota, a PF informou que as investigações começaram há 4 meses e apontam a participação do um ex-subsecretário de Transportes do Governo do Rio e de diretor da Companhia de Transporte sobre Trilhos do RJ (Riotrilhos) no grupo criminoso, 'os quais procuravam as empreiteiras interessadas em assumir obras de infraestrutura no estado, cobrando vantagens indevidas com o objetivo de garantir a contratação para os serviços'.

"A propina era paga, principalmente, de forma dissimulada a partir de aditivos que aumentavam os valores devidos, bem como alteravam o escopo técnico das obras", diz nota da PF.

Os presos serão indiciados por corrupção e lavagem de dinheiro. Após os procedimentos de praxe, eles serão encaminhados ao sistema prisional do Estado.

O nome da Operação é uma referência ao "Tatuzão", equipamento utilizado nas escavações das obras do metrô.

A ÍNTEGRA DA NOTA DA SECRETARIA DE TURISMO: 

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"A respeito dos recentes fatos, a Secretaria de Estado de Turismo do Rio de Janeiro tem a declarar que o Sr. Luiz Carlos Velloso, vem exercendo as funções de Subsecretário Executivo na Setur-RJ desde janeiro de 2015, com lealdade e competência."

COM A PALAVRA, A RIOTRILHOS:

"A RioTrilhos desconhece o teor das acusações e se coloca à disposição para eventuais esclarecimentos."

 

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