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São Paulo lidera cooperação internacional no combate à pandemia e retomada econômica

Por Júlio Serson
Atualização:
Júlio Serson. Foto: Divulgação

Entender as relações de poder no mundo após a crise da Covid-19, e preparar São Paulo para os novos e complexos problemas que estão por vir, são os principais desafios da Secretaria de Relações Internacionais do Estado. O momento geopolítico conturbado, no qual tem prevalecido divisões, fechamentos de fronteiras e conflitos ideológicos, exige que tenhamos como meta a retomada do crescimento, mas, certamente, sem perder o foco na preservação dos direitos humanos e nos princípios do crescimento sustentável.

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Por essa razão, temos ampliando nossa cooperação internacional com parceiros comerciais conhecidos, e estabelecendo novos e vigorosos acordos com outros países e entes subnacionais, além de entidades estrangeiras públicas e privadas, objetivando promover e trazer para São Paulo investimentos e parcerias tecnológicas capazes de gerar emprego, renda e ganhos bilaterais.

Entre 2019 e início de 2020, além de inaugurarmos uma representação em Brasília, também abrimos dois escritórios comerciais no exterior, em Shangai e Dubai. Ambos criados graças a uma cooperação internacional bem-sucedida e com o objetivo de fortalecer e ampliar as relações econômicas com a China e com o Oriente Médio. Outras tantas missões internacionais foram realizadas ao redor do mundo - de janeiro de 2019 até pouco antes da pandemia do Covid-19. Todas elas resultaram em milhões de dólares em investimentos diretos e indiretos no estado.

Durante a pandemia, temos mantido relações humanitárias de enorme importância para São Paulo. Reuniões, em salas virtuais, têm sido praticamente diárias, com representantes diplomáticos e comerciais de inúmeros países, com vistas a troca de informações, conhecimento e tecnologia sobre a pandemia e como resolver os problemas dela decorrentes - sejam sanitários, humanos e econômicos. A prova das boas relações advindas da estreita colaboração internacional fica evidente nas centenas de doações já recebidas em São Paulo, de máscaras cirúrgicas, EPIs, monitores de sinais vitais, desfibriladores, ventiladores pulmonares, luvas e demais instrumentos e materiais de proteção para nossos agentes de saúde.

Exemplo emblemático de parceria exitosa, recente, é o acordo assinado pelo Instituto Butantan, uma Instituição Pública ligada ao Governo do Estado de São Paulo, e a farmacêutica Sinovac Life Science, do gigante chinês Sinovac Biotech, para o desenvolvimento da vacina contra o coronavírus, umas das mais promissoras em todo o mundo, e que já está na fase 3, de ensaios clínicos, com testes em humanos.

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Ademais, mesmo durante a pandemia, e sem perder o foco nela, nossos técnicos têm trabalhado incessantemente na elaboração do"Plano de Retomada 21/22 do Estado de São Paulo", organizando e agendando novas missões internacionais para captação de recursos, missões que terão início em Davos, em janeiro de 2021, seguidas de outras para países na Ásia e na União Europeia, e também para os Estados Unidos.

A meta do Governo do Estado de São Paulo é atrair negócios e investimentos, assim como consolidar parcerias que possam contribuir com nossos planos de expansão e crescimento econômico sempre com um olhar atendo à conservação da biodiversidade e o manejo sustentável dos recursos naturais.

Nesse contexto, a internacionalização do nosso estado deixa claro que, mesmo em um mundo conturbado, é viável ganhar autonomia e destaque mantendo uma pauta de comércio internacional de trocas e cooperação.

*Júlio Serson, secretário de Relações Internacionais do Governo do Estado de São Paulo

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