Considerada a maior incógnita no julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, ainda não concluiu o voto que será lido na sessão plenária desta quarta-feira (4), segundo o Broadcast Político apurou.
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A ministra passou o feriado de Páscoa em Porto Alegre, sua cidade natal, onde visitou familiares. A aposta nos bastidores é a de que a magistrada, indicada pela presidente cassada Dilma Rousseff ao Supremo em 2011, definirá o resultado do julgamento de Lula, diante de uma Corte rachada e desgastada perante a opinião pública.
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Nos últimos dias, Rosa tem sofrido pressão de todos os lados - o Movimento Brasil Livre (MBL), por exemplo, lançou uma campanha nas redes sociais para que a ministra "não decepcione" e rejeite o pedido do petista.
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O juiz federal Sérgio Moro, que já trabalhou com a ministra no STF durante o processo do mensalão, disse em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que "tem um "apreço especial" por Rosa e pôde observar a "seriedade, a qualidade técnica da ministra" na época em que atuaram juntos. "Tenho expectativa de que esse precedente (de prisão após condenação em segunda instância) não vai ser alterado", afirmou Moro.
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Interlocutores de Rosa ouvidos pelo Broadcast Político disseram que a ministra é uma "fortaleza" e não cederá à pressão de nenhum dos lados.