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Romário diz ter pedido para Janot investigar conta atribuída a ele na Suíça

Senador se manifestou nas redes sociais dois dias após vir à tona áudio de advogado de Cerveró afirmando que ele teria conta no país europeu

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Por Mateus Coutinho
Atualização:

O senador Romário Farias (PSB-RJ). Foto: André Dusek/Estadão

O senador e ex-jogador de futebol, Romário Faria (PSB-RJ) disse nesta sexta-feira, 27, em seu perfil oficial no Facebook que pediu à Procuradoria-Geral da República que investigue a existência de uma suposta conta bancária na Suíça que seria atribuída a ele, segundo divulgou a revista Veja em julho deste ano. Procurada, a Procuradoria-Geral da República ainda não confirmou se recebeu o ofício do parlamentar.

A manifestação do senador ocorre dois dias depois de vir à tona as conversas gravadas entre o senador Delcídio Amaral (PT-MS) e o advogado Edson Ribeiro em que eles negociavam para tentar impedir a delação premiada do ex-diretor Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró. Em um trecho Ribeiro, ex-defensor de Cerveró que foi preso nesta sexta, afirma que Romário tinha dinheiro numa conta na Suíça, mas foi avisado para retirá-lo para não "ser preso".

 Foto: Estadão

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Nesta manhã, o senador, que nega ter dinheiro no exterior, divulgou um texto na rede social no qual ele afirma ter encaminhado um ofício ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot:

"Tomei a iniciativa de pedir ao Ministério Público do Brasil que provoque o Ministério Público suíço para instaurar uma investigação a fim de apurar se a suposta conta bancária apontada pela revista VEJA, como sendo de minha titularidade do BSI, realmente existe e, ainda, se algum dia existiu, assim como se já houve qualquer movimentação na malsinada conta bancária. Sou o maior interessado que a verdade venha à tona", diz o texto.

[veja_tambem]

Na mensagem, o senador ainda se manifesta em relação a gravação divulgada nesta quarta. No áudio, Ribeiro afirma ao petista que recebeu a informação de que Romário tinha dinheiro guardado numa conta na Suíça e que foi avisado para retirar o valor do paraíso fiscal europeu, evitando, assim, uma prisão. Em troca, Romário, segundo o advogado, teria supostamente aceitado apoiar Pedro Paulo, pré-candidato do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB-RJ), à sua sucessão.

"A suposta fraude para me favorecer merece ser apurada e uma nova resposta deve ser dada a todos os cidadãos brasileiros, em especial aos cariocas e fluminenses que a mim confiaram o seu voto.

Em agosto deste ano, o banco BSI disse em uma carta encaminhada ao parlamentar que o extrato divulgado pela Veja era "falso" e informou ter aberto uma queixa penal no Ministério Público de Genebra. O BSI não informa, porém, se Romário já foi cliente do banco ou se foi titular de alguma outra conta sob sua custódia. Após a polêmica, a revista divulgou uma nota pedindo desculpas ao senador.

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