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Rodízio 24 horas de Covas contra a pandemia inquieta policiais que fazem plantão de um dia para o outro

Agentes federais, civis e militares alegam que mudança prejudica quem vai para o plantão noturno com veículo próprio pois, no dia seguinte, não poderão utilizá-lo para voltar para casa

Por Paulo Roberto Netto
Atualização:

As mudanças no rodízio de veículos determinadas pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) preocupam policiais federais, civis e militares da capital paulista. A categoria já se mobiliza para pedir à Prefeitura a exclusão do grupo no novo esquema, que prevê redução de 50% do número de carros nas ruas.

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A mudança começará a partir do dia 11 de maio, e determina que veículos com placas terminadas em número par podem circular nos dias pares, e placas ímpares, nos dias ímpares. A medida valerá também nos fins de semana. Viaturas estão excluídas do rodízio, mas os carros particulares dos policiais ainda devem cumprir a restrição.

Segundo agentes e delegados ouvidos pelo Estadão, muitos policiais se deslocam para as delegacias em seus próprios veículos e viram a noite no plantão. Com a mudança, alegam que conseguiriam ir trabalhar, mas não voltar para a casa usando o mesmo carro.

Movimento na avenida Faria Lima, na zona sul de São Paulo, durante isolamento social. Foto: Werther Santana / Estadão

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) enviou ofício à Prefeitura solicitando alterações no decreto que ampliou o rodízio.

"Considerando que os agentes de segurança também são trabalhadores de atuação indispensável à sociedade, o Sindpesp pede que o prefeito inclua como exceção e autorize a circulação de veículos de policiais civis, policiais militares, guardas municipais, policiais federais, policiais penais e policiais rodoviários federais", afirmou o sindicato.

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Documento

caráter essencial

A categoria destaca que agentes de segurança pública foram considerados serviços essenciais pelo decreto do governador João Doria sobre medidas de prevenção e combate ao novo coronavírus.

A proposta dos delegados e policiais é se cadastrarem no mesmo e-mail destinado a profissionais da saúde (isencao.covid19@prefeitura.sp.gov.br ), que foram excluídos do rodízio.

"A permissão de circulação dos agentes de segurança pública é fundamental para garantir o excelente trabalho que as polícias vêm realizando na capital durante a quarentena", diz Raquel Gallinati, presidente do Sindpesp.

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