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Revenue-Share: nova solução para empresas financiarem seu crescimento com cobrança atrelada às suas receitas mensais

Por Jaime Taboada
Atualização:
Jaime Taboada. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Você sabe o que é revenue-share? Esse é um termo em inglês que pode ser traduzido por compartilhamento de receita. O conceito é novo mas já está sendo utilizado em negócios online nos EUA e Europa, e o termo é associado com uma porcentagem das receitas futuras do cliente.

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Com o mercado online tão em alta, já existem fintechs e fundos internacionais que trabalham com esse modelo, disponibilizando uma linha de crédito onde o repagamento é feito com uma porcentagem das receitas futuras do cliente, ou seja, usando o modelo de revenue-share.

Isso é porque para as startups e para as pequenas e médias empresas, este tipo de financiamento oferece a flexibilidade que eles precisam para crescer sem medo de ficar inadimplente por ter um mês mais devagar do que o esperado. De acordo com a 9ª edição da pesquisa "O Impacto da Pandemia de Coronavírus", elaborada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 70% das pequenas empresas começaram a vender por canais digitais, como WhatsApp, Instagram e Facebook, que são as principais plataformas usadas pelos pequenos negócios brasileiros para se manter no mercado. Segundo dados do Sebrae no Brasil, as micros, pequenas e médias empresas somam mais de 11,5 milhões de negócios no País.

Mas qual o benefício que o financiamento revenue-share apresenta de fato para uma empresa? Tudo tem relação com o equity. Uma das principais coisas que aprendi até agora é o quão pouco alguns empreendedores entendem o custo de equity (patrimônio líquido de uma empresa) em comparação ao custo de dívida. A maioria dos empreendedores entende que a diluição implica uma diminuição em sua participação acionária e, normalmente, em seu poder de voto, o que se torna muito caro em usar equity sobre a dívida. Porém, vou ilustrar com um exemplo simples, o impacto que pode ter um financiamento de equity:

Suponha que você precisa investir R$2 milhões em mídia digital nos próximos 12 meses e precisa de dinheiro para fazer isso. Se você captar esses R$2 milhões usando dinheiro de fundos de venture capital (equity), com uma avaliação após a captação de R$10 milhões, você está desistindo de 20% do seu negócio (diluição). Supondo que você nunca mais capte dinheiro, e que você venda sua empresa por R$100 milhões alguns anos depois, em vez de obter R$100 milhões, você só obterá R$80 milhões. Basicamente, você pagou R$20 milhões para investir R$2 milhões em mídia digital. Esse é o alto custo de equity!

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Com um capital não dilutivo que pode ser pago no mesmo ritmo de crescimento da sua empresa, como é o revenue-share, os empreendedores se sentem seguros com esse modelo de financiamento, pois ele será pago conforme o crescimento da própria empresa.

Esse é o novo modelo que está sendo buscado por muitas startups e PMEs na América Latina pela sua forma acessível, rápida e imparcial de financiamento para campanhas de marketing digital. Dessa forma, o empreendedor não tem que penhorar sua casa, se afogar em dívidas em cartões de crédito ou mais importante ainda, não abrir mão do seu equity para investir no seu marketing digital.

Embora o custo do equity não seja um custo tão visível onde você tem que pagar em dinheiro mês a mês, como acontece com a dívida, ele tem um custo real e muito caro (exemplo acima). Por isso, o modelo de revenue-share é uma excelente alternativa com benefícios concretos para que as empresas cresçam seus negócios sem ou com pouca diluição.

*Jaime Taboada é cofundador e CEO da Divibank

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