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Respostas para o comércio e serviços

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Por José César da Costa
Atualização:
José César da Costa. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Entre os dias 28 e 29 de setembro, Brasília vai abrigar o maior encontro do varejo do Brasil. Trata-se do V Fórum Nacional do Comércio, organizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas. O encontro vai reunir formadores de opinião, empresários, dirigentes, políticos e especialistas para debater temas da economia, da gestão empresarial e das políticas que norteiam um segmento que congrega 500 mil empresas e movimenta R$ 340 bilhões.

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Para os varejistas o momento não poderia ser mais adequado. Primeiro, porque o avanço da vacinação, somada a adaptação de empresas e consumidores, já dão sinais do restabelecimento de uma rotina minimamente produtiva no setor de comércio e serviços. Um cenário bem diferente do que foi enfrentado em meados de 2020 e no segundo trimestre deste ano.

Segundo porque, ao mesmo tempo em que o comércio começa a respirar, mostrando bons índices de emprego e crescimento, nuvens pesadas tomam o horizonte com claros sinais de descontrole inflacionário, elevação na taxa básica de juros e uma crise energética que ameaça as expectativas de recuperação econômica do país.

Em um ambiente de debate altamente politizado, os dois cenários se chocam e levantam dúvidas: afinal, o que está guardado para o Brasil em 2022? Qual o peso do controle da pandemia na economia? Como acelerar a tramitação das reformas no Congresso?

As perguntas são muitas e, em tese, poderiam gerar desconfiança e insegurança por parte dos empresários varejistas. Mas, onde muitos veem incertezas, o setor de comércio e serviços enxerga otimismo e oportunidades. Com o tema "Transformações: política e economia no pós-pandemia" o Fórum Nacional do Comércio vai mostrar que existem muitos motivos para seguir confiando no Brasil.

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Uma pesquisa inédita, que será divulgada no Fórum, revela, entre outros dados, que o empresário brasileiro tem perfil inovador e interesse em se adaptar às novas tecnologias e hábitos de consumo. O impedimento para realização de um salto tecnológico real se dá em uma esfera que não a do varejo, mas da política.

O estudo mostra que burocracia, alta carga tributária, custo elevado da folha de pagamentos e dificuldade na aprovação do crédito são barreiras para o desenvolvimento do comércio e serviços no Brasil nos termos que o mundo pós-pandemia exige.

Esses obstáculos estarão na pauta do encontro em Brasília, sempre sob a premissa de que já é consenso no Brasil que não existe possibilidade de desenvolvimento, crescimento e modernização da economia sem que haja um conjunto de reformas estruturais para impulsionar a economia.

É com espaço para o debate e compromisso com o futuro que Fórum Nacional do Comércio pretende iluminar o horizonte desses dias de muitas perguntas e poucas respostas.

*José César da Costa é presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas

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