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Raquel pede condenação de Raupp por corrupção e lavagem

Em alegações finais, procuradora-geral reafirma fundamentos de denúncia contra o senador, de quem cobra R$ 1 milhão, na Operação Lava Jato

Foto do author Amanda Pupo
Por Rafael Moraes Moura , Amanda Pupo (Broadcast) e Teo Cury/BRASÍLIA
Atualização:

O ex-senador Valdir Raupp no plenário do Senado. Foto: Dida Sampaio / Estadão

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, reforçou, em alegações finais ao Supremo Tribunal Federal, pedido pela condenação do senador Valdir Raupp (MDB) por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no âmbito da Operação Lava Jato. Dele, o Ministério Público Federal cobra R$ 1 milhão como indenização a título de danos materiais e morais.

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O senador é acusado de ter recebido R$ 500 mil da empreiteira Queiroz Galvão para a sua campanha ao Senado em 2010 por meio do esquema de corrupção na Petrobrás.

A ação, que foi oferecida pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, aponta que as doações eleitorais, registradas oficialmente perante o TSE, foram uma forma de 'compensar' o apoio do peemedebista à permanência do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa no cargo.

A acusação envolve uma das principais teses da Lava Jato, a de que doações oficiais eram usadas para lavar dinheiro de propina. Por decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, ele foi para o banco dos réus em março de 2017.

Apresentada no dia 16 de setembro de 2016, a denúncia narra que Valdir Raupp, com o auxílio de seus assessores Maria Clélia Santos e Pedro Roberto Rocha - seu cunhado -, recebeu propina de R$ 500 mil, em 2010, do esquema de corrupção instalado na Petrobrás.

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COM A PALAVRA, O ADVOGADO ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO, KAKAY, QUE DEFENDE RAUPP

"Não li a as alegações finais, mas evidentemente o esperado é que fossem fazer o pedido de condenação. É mais ou menos esperado. A instrução foi feita de forma muito favorável, mas, mesmo favorável, infelizmente, a gente não vê o MPF pedir a absolvição. Temos tranquilidade. Vamos fazer as alegações finais e vamos levar a julgamento. Eu acho que o julgamento do caso do Romero Jucá onde eu sou advogado junto com o Gerdau foi um julgamento importante onde o STF não recebeu a denúncia indicando que existia ali uma tentativa de criminalização da política. Eu espero que essa seja uma tendência dos tribunais naqueles casos onde não houver indícios suficientes e sequer seja recebida a denúncia".

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