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Quer trabalhar na minha startup? Não pedimos diploma

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Por Jung Park
Atualização:
Jung Park. FOTO: INOVAMIND/DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

O título pode parecer estranho e exagerado, mas ele fala muito do mundo como ele é hoje. No meu caso, é 100% verdadeiro: eu não exijo diploma nem nenhum tipo de vínculo acadêmico. Para algumas empresas como a minha, de tecnologia, não é a formação que faz diferença, mas o que você entrega no fim do dia. E isso tem tudo a ver com o futuro do trabalho.

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Antes a gente queria dar tudo pela empresa, falávamos em "vestir a camisa". Eu era assim. Hoje as pessoas querem "ser" a camisa. Indício disso é que cerca de 40% dos formandos de Administração da Fundação Getúlio Vargas (FGV) atualmente afirmam que querem empreender ao invés de encontrar emprego em uma grande empresa.

Se antigamente o capital de cada um era a força de trabalho que dedicava a uma organização, hoje as pessoas querem pensar com suas próprias cabeças e criar minhas soluções para oferecer ao mercado. E cada vez mais isso tem de ter a ver com o que cada um acredita. Tem de fazer sentido. O tempo de um profissional não é mais da empresa, agora pertence apenas a ele próprio. Trabalho remoto, coworks, os calls diários que fazemos, os grupos de WhatsApp, agendas digitais, tudo isso são maneiras de gerenciarmos melhor o nosso dia da forma que acharmos que faz mais sentido para cada um. Trocamos flexibilidade por disponibilidade. E faço uns parênteses: na minha área, o trabalho remoto tem se mostrado uma ótima maneira de ter uma empresa produtiva e sem crises pessoais. Todo mundo entrega, todo mundo se dá bem, somos uma família feliz. Não me vejo mais pegando minha pasta e indo passar o dia sentado numa cadeira reclinável em uma estação de trabalho com porta-retrato da minha família. E tendo a acreditar que isso vai acontecer cada vez menos com o passar dos anos.

Hoje fico feliz em falar que tenho sob minha liderança 20 pessoas que podem ter sonhos. Todos ajudam a construir a empresa. Nos meus antigos empregos, no mercado financeiro, já tive cerca de 50 funcionários diretos e indiretos, mas ali eu não conseguia ajudar ninguém a seguir seus sonhos. Éramos um grupo de pessoas atuando para um propósito alheio aos nossos: os objetivos de uma instituição financeira.

No meio dessa transformação do mundo profissional, entra a tecnologia, que viabiliza esse novo mar de possibilidades. Antes, as soluções digitais ultra-avançadas e os servidores gigantescos eram exclusividade das grandes corporações. Hoje não. É possível ascendermos ao mundo dos negócios qualquer que seja nosso tamanho e nosso capital inicial. Basta uma boa ideia. E aí que a magia acontece.

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A minha startup de tecnologia foi criada há nove meses com este propósito de fazer com que pequenos possam ser protagonistas de suas próprias histórias. E hoje quando falamos de pequenas e médias empresas, estamos muitas vezes falando de uma pessoa só! Se eu tenho um desejo, ou uma missão, é a de empoderar pequenas empresas por meio da tecnologia. Google, Amazon, Uber, Airbnb são exemplos simples para mostrar quanto isso é possível hoje. A revolução está dentro de cada um.

*Jung Park, CEO da InovaMind, é contabilista, mestre em finanças e gestão de riscos e mestre em administração de empresas

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