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'Quem vota se informa': conheça o projeto #FakeTôFora

Iniciativa do Instituto Palavra Aberta reúne materiais para aulas com objetivo de conscientizar jovens estudantes sobre como lidar com a desinformação no período eleitoral

Por Isabella Alonso Panho
Atualização:

O projeto #FakeTôFora faz parte de um dos projetos de educação midiática do Palavra Aberta, uma associação sem fins lucrativos (Divulgação: projeto #FakeTôFora)  

Com o mote "quem vota se informa", o Instituto Palavra Aberta, uma organização sem fins lucrativos, convida educadores e estudantes a participar do projeto #FakeTôFora, iniciativa que faz parte do Educa-mídia, programa "guarda-chuva" que abrange propostas de combate à desinformação. 

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O projeto possui oito módulos, disponibilizados gratuitamente no site do #FakeTôFora, com temas como democracia e eleições, pesquisa eleitoral, urna eletrônica, desinformação e funcionamento dos três poderes. Cada um possui um plano de aula e materiais de apoio variados, pensados para cada tema. 

O último módulo contém um e-book (livro digital) com diretrizes de como montar um coletivo de checagem. Ele foi pensado a partir da experiência do professor de ciências Estêvão Zilioli, que criou um método de conferência de informações para jovens estudantes dentro de um coletivo feito em sala de aula.  

No site do projeto são disponibilizados oito módulos com planos de aula gratuitos para professores (Divulgação: projeto #FakeTôFora)  

Os materiais também foram confeccionados pela jornalista Daniela Machado, uma das coordenadoras do Educa Mídia, e com apoio do corpo técnico do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e do STF (Supremo Tribunal Federal). O Palavra Aberta é um dos órgãos que faz parte do acordo de combate à desinformação feito entre as duas cortes em maio deste ano.

Contudo, a lista de parceiros do projeto é longa. Como cita Patricia Blanco, diretora executiva da Palavra Aberta, "temos parcerias com o Itaú Social, com o Twitter, com o Facebook e com o Tiktok. Entendemos que a gente precisa desses canais para tratar do combate à desinformação".

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Desde que foram publicados, os materiais do #FakeTôFora já foram baixados por mais de 1200 pessoas. De acordo com o levantamento feito pela instituição, apenas nesta semana, quando começou oficialmente o período de propaganda eleitoral, o e-book do último módulo, que ensina como montar um coletivo de checagem de informações, teve mais de 350 downloads. 

Além dos planos de aula, o último módulo disponibiliza um guia para montar um coletivo de checagem e um pacote de selos que podem ser usados pelos estudantes (Divulgação: projeto #FakeTôFora)  

O projeto está trabalhando no mapeamento de escolas e instituições de ensino que tenham aplicado os materiais do site, inclusive para a coleta de feedbacks. Blanco aponta um caso de uma escola em Sobradinho (DF): "eles relataram que não entendiam o que era a democracia, qual era a função do deputado, do senador ou o que era o STF. A gente viu que só se combate a desinformação se a gente educar para a democracia". 

 

OUTROS PROJETOS

Além do #FakeTôFora, que é voltado para professores de jovens e adolescentes, o Educa Mídia tem também outros projetos de educação midiática. Dentre eles, Blanco destaca o Educa Mídia 60+, lançado em outubro de 2021, para pessoas mais velhas, que não tiveram acesso à formação digital. 

Pensado com uma linguagem mais acessível, o objetivo desse outro projeto é possibilitar que o público analise de forma crítica informações, "sobreviva no mundo conectado, saiba interpretar conteúdos que podem gerar desinformação e se proteger de golpes", explica Blanco. 

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O Educa Mídia é patrocinado pelo Google.org, um braço da Google que investe em projetos do mundo todo que atuam em desafios humanitários.

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