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Quem tem coragem de tributar o metaverso?

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Por Luis Wulff
Atualização:
Luis Wulff. FOTO: ARQUIVO PESSOAL Foto: Estadão

De uma hora para a outra, parece que todo mundo começou a falar do tal "metaverso".

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Mas, para além das empresas, que estão atentas as possibilidades de negócios que o metaverso poderá representar em um novo cenário econômico, alguns debates estão surgindo no âmbito administrativo de alguns países para tentar decidir formas de regulamentar esse novo mundo.

Reino Unido, Barbados e Coreia do Sul são apenas alguns exemplos. O país caribenho e o país asiático serão, respectivamente, os primeiros do mundo a ter uma embaixada virtual e uma capital existindo no metaverso.

Mas o plano dos britânicos é outro: o órgão deles que é responsável por regulamentar privacidade e uso de dados já convocou a Meta, dona do Facebook e uma das protagonistas na corrida tecnológica do Metaverso, para debater mecanismos de segurança na proteção de crianças no mundo híbrido.

Em breve estaremos acompanhando debates sobre leis específicas para o mundo híbrido.

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E onde há dinheiro há tributação. Se, além do Reino Unido, já existem outros países interessados em se instalar no Metaverso é preciso ter certeza de uma coisa: outros países vão querer fazer o mesmo. Até mesmo para estreitar os laços com grandes empresas e, assim, gerar receita. E, para gerar receita, os países dependem especialmente uma atividade: a cobrança de tributos (a qual depende de legislação específica para acontecer).

Mas há interesse em tributar no metaverso? Com certeza. Não só porque não chegamos lá ainda, que isso não está no horizonte. Fato é que as empresas, ao se instalarem propriamente no metaverso, vão vender. Por quanto tempo, então, você acha que um país vai deixar sua malha econômica atuar de forma livre, sem lhe pagar a parte que deve?

E então, quem é que vai ter coragem para tributar o metaverso primeiro?

*Luis Wulff, CEO do Tax Group e sócio-fundador do Grupo Fiscal do Brasil - GFBR. É consultor tributário, auditor fiscal e especialista em Direito Tributário com MBA em Gestão Financeira, Auditoria e Controladoria. Conselheiro da GGI - Geneva Group International no LAC - Latin American Committee

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