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Quem está cuidando dos líderes das empresas?

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Por Ana Luiza Mendes Campos
Atualização:
Ana Luiza Mendes Campos. Foto: Divulgação

Desde o início da pandemia da covid-19 temos visto vários movimentos de como cuidar da saúde mental dos colaboradores, como mantê-los motivados e ativos no dia a dia da incerteza. São Lives que falam constantemente sobre as competências fundamentais da liderança para o momento e de como a organização pode passar pela crise de uma forma menos traumática, são diversas ações incríveis acontecendo diariamente em várias empresas e em diversos segmentos para minimizar os impactos negativos dentro das organizações. Vemos as ferramentas digitais proporcionando encontros para aproximar na distância, ouvidos atentos, mimos, pequenos gestos que se tornam grandes, fazendo toda a diferença no momento.

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Mas quem está cuidando dos líderes? São comitês de crise, reuniões triplicadas de liderança, entre outras perguntas sem respostas. Será que alguém já parou para pensar que o líder também é um colaborador como qualquer outro, e que assim como o restante da equipe também foi pego de surpresa, também está em casa convivendo com as emoções da família, com os filhos em aulas online, com as estranhezas de um cotidiano até então desconhecido para quem saia para trabalhar pela manhã e voltava à noite?

Depois de algumas reflexões, minha opinião é que não, ninguém está olhando para essa turma aí, que para muitos, "não fazem mais do que sua obrigação". Mas quero dizer que sim, eles também estão sofrendo, com ansiedades, angústias e até mesmo depressão sem saber o que virá ou o que acontecerá no dia seguinte. Por muitas vezes, o que se espera de um líder é um largo sorriso no rosto e um "vai ficar tudo bem", "vai dar tudo certo".

Então, quero lhe fazer um convite: olhe também para o seu líder, tenha empatia por aquele que tem a família para gerir fora na sua casa, mas que também tem outras diversas dentro do seu negócio para se preocupar. Vamos permitir que ele também possa dizer para sua equipe que naquele dia ele não está bem, que ele está preocupado assim como seus colaboradores. Acredito que essa transparência só irá aproximar ainda mais a equipe, pois confiar é estar vulnerável, é pedir ajuda, é saber lidar com a dor do outro. A colaboração tem que vir e ser para todos.

Que tal começar dando um bom dia cheio de energia para seu líder, dizer o quanto ele é importante e que ele também pode contar você para o que der e vier? Como qualquer outro ser humano, ele tem sentimentos e está sofrendo com tudo que está acontecendo, cuide dos líderes da mesma forma que muitas vezes ele cuidou de você e assim, todos sairão fortalecidos e ainda mais forte e unidos dessa crise.

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*Ana Luiza Mendes Campos é head de Conexão, Gente & Cultura da Getrak.

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