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Queiroz diz que indicou mãe e mulher de PM suspeito de comandar milícia ao gabinete de Flávio

Ex-assessor afirma que solicitou a homenagem e a nomeação a Adriano Magalhães da Nóbrega na Assembleia Legislativa do Rio; ex-capitão do Bope é investigado por supostamente liderar milícia que atua na comunidade de Rio das Pedras

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Por Roberta Jansen , Constança Rezende e Fabio Serapião
Atualização:

Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL) Foto: Reprodução/SBT

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz confirmou, por meio de seus advogados, que foi ele mesmo quem indicou a contratação da mãe e da mulher do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega para o gabinete do então deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio. O ex-capitão do Bope é um dos principais alvos da Operação Intocáveis, deflagrada hoje cedo pelo MPRJ e Polícia Civil. Segundo as autoridades, Nóbrega é um dos líderes da milícia que atua na comunidade de Rio das Pedras, na zona oeste. Ele também é suspeito de integrar o grupo de extermínio chamado de Escritório do Crime.

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NOTA DA DEFESA

A Alerj confirmou que a mãe do PM, Raimunda Veras Magalhães, e a mulher dele, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro até novembro do ano passado. Ambas ganhavam um salário de R$ 6.490,35 mensais. Em nota, Flávio Bolsonaro informou que a contratação das duas seria da responsabilidade de Queiroz.

Nota assinada pelo advogado Paulo Márcio Ennes Klein, que trabalha na defesa de Queiroz, informa que o seu cliente "é ex-policial militar e conheceu o sr. Adriano na época em que ambos trabalhavam no 18º Batalhão da Polícia Militar e, após a nomeação dele como assessor do ex-deputado estadual solicitou ao gabinete moção para o sr. Adriano, bem como a nomeação dele para trabalhar no referido gabinete, em razão dos elevados índices de êxito na condução das ocorrências policiais registradas, até então, na equipe em que trabalhava na PM."

A nota continua: "Ademais, vale frisar que o sr. Fabrício solicitou a nomeação da esposa e mãe do sr. Adriano para exercerem atividade de assessoria no gabinete em que trabalhava, uma vez que se solidarizou com a família que passava por grande dificuldade pois à época ele estava injustamente preso, em razão de um auto de resistência que foi, posteriormente, tipificado como homicídio, caso este que já foi julgado e todos os envolvidos devidamente inocentados."

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A defesa de Queiroz reafirma que ele não tem envolvimento com a milícia, que jamais esteve hospedado em Rio das Pedras, e que nunca soube do envolvimento de Nóbrega com qualquer atividade ilícita.

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