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Quando Lego e Disney se encontram

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Por Cassio Grinberg
Atualização:
Cassio Grinberg. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Quando Lego e Disney se encontram, a gente entende por que essas marcas viverão 500 anos, mas não é só disso que estou falando. Estou falando de cooperação.

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Estou retornando de uma imersão nos Estados Unidos, e me chamou atenção o quanto a economia americana está enriquecida com exemplos de marcas que, através de parcerias reais, se complementam em filosofia e produtos. Mesmo que sejam, em alguns casos, concorrentes.

Trata-se de uma questão de foco: do ponto de vista de uma empresa, algumas marcas podem complementar a experiência que você oferece. Disney, portanto, tem parcerias que você vai percebendo enquanto vivencia os parques - com Lego, Lyft, Crayola, Phil Collins, Starbucks, Apple, inclusive com a própria Marvel: embora os herdeiros de Walt Disney saibam que poderiam vender o que quisessem com sua assinatura, preferem cercar-se de parceiros que parecem ser escolhidos pela sintonia de filosofia, propósito e dedicação ao cliente.

E todas essas marcas, de seu lado, também fazem isso: Apple vende produtos da Belkin e da Phillips. Starbucks vende marcas de água mineral e iogurte que poderiam sem dúvida ser fabricados por ela mesma. Lego tem um parque temático de 19 milhões de peças a poucos quilômetros da Disney, mas expõe uma boneca da Cinderela em Disney Springs. E a Instacart, empresa que vale US$ 3 bilhões fazendo compras para as pessoas, parece ter encontrado um modelo de convivência pacífica com os supermercados - embora esteja, aos poucos, se tornando o dono do pedido.

Esses exemplos da economia americana podem nos ensinar bastante sobre cooperação, foco e aprendizado, na medida em que, acima de tudo, nos mostram novas formas de relações empresariais em um capitalismo que felizmente vem, através de experiências como essas, sabendo se renovar.

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*Cassio Grinberg, sócio da Grinberg Consulting e autor do livro Desaprenda - como se abrir para o novo pode nos levar mais longe

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