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Qualificação prática e rápida: é disso que o Brasil precisa!

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Por Luiz Alexandre Castanha
Atualização:
Luiz Alexandre Castanha. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Segundo a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE/ME), o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil será de 5,3% em 2021. Aos poucos a economia vai 'entrando nos eixos' e novos postos de trabalho são abertos.

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O que acontece é que a urgência de novos conhecimentos trazidos pela transformação digital continua. O movimento catapultado pela pandemia veio para ficar e revolucionar a maneira como se vive e - por que não? - se trabalha.

Mas será que o mercado de trabalho brasileiro está preparado para absorver novas necessidades de mão de obra? Ao que tudo indica não. Ainda observamos recordes no desemprego: no segundo trimestre de 2021 a taxa ficou em 14,7% segundo o IBGE. Porém sobram vagas que não são preenchidas. O motivo? Falta de candidatos qualificados. E a situação é pior longe dos grandes centros urbanos.

A questão da formação de mão de obra qualificada é imperativa e algo precisa ser feito com urgência. Alguns movimentos acontecem atualmente no sentido de flexibilizar os cursos de graduação regulares, encurtando a sua duração e tornando-os mais práticos.

Sim, há a necessidade de qualificar mão de obra técnica em escala para atender o crescimento. É a melhor maneira de gerar competitividade e ocupar as vagas ociosas do mercado de trabalho. Mas, ao contrário do que o Ministro da Educação disse, a universidade não deveria ser um privilégio para poucos - como é na Alemanha, por exemplo.

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Na Alemanha, país citado por Milton Ribeiro, o sistema alemão tem muitos filtros. E, para o aluno que não tenha ótimas notas, a opção é fazer um curso técnico profissionalizante e não necessariamente uma graduação, mestrado e daí por diante

A diferença é que na Alemanha quem escolhe um curso técnico tem condições de viver bem e ter grande reconhecimento na profissão - é algo comum e bem aceito por todos.

No Brasil, o mundo ideal é que as oportunidades e reconhecimentos fossem os mesmos - porém ainda lutamos por prover acesso e qualificação para o mercado de trabalho.

Um estudo feito pela rede social LinkedIn levantou quais as profissões estarão em destaque nos próximos anos, tendo registrado um alto crescimento de vagas e contratações. É possível citar posições em áreas como tecnologia, vendas, sucesso do cliente, desenvolvimento de negócios, e-commerce, conteúdo e marketing digital, telemarketing e de apoio à saúde.

Para resolver essas lacunas no mercado, a solução mais simples é o oferecimento de cursos que sejam direcionados às necessidades das empresas. Qualificações realizadas em períodos curtos que já preparem para o mercado de trabalho.

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Afinal, por que estudar diversos anos se o necessário para a profissão está concentrado em poucas disciplinas? Isso sem dizer que muitas pessoas já se formam defasadas com o que a realidade do dia a dia do trabalho necessita.

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Aos poucos escolas de todo o país voltam às aulas presenciais. Mas o medo do contágio ainda é real e há um longo caminho para que a situação da educação volte ao normal - isso se ela retornar. É preciso se acostumar a um novo universo na educação. E o ensino remoto se revela um aliado incrível nessa jornada.

A pandemia provou, sim, que é possível estudar fora da escola ou universidade. O Centro de Mídias SP, maneira que a rede estadual de ensino de São Paulo encontrou para retomar as aulas a distância para os estudantes, divulgou que 81% dos alunos acessaram a plataforma pelo menos uma vez.

Bom, é claro que os sistemas implantados por estados e prefeituras têm muito a serem melhorados. Porém a experiência adotada em medida de urgência foi uma prova de fogo que validou esse modal de educação.

Por que então não se oferecer online cursos online que tenham uma duração menor e que tenham qualificação voltada para o que o mercado de trabalho pede? De graduação ou técnicos, o que importa é qualificar a mão de obra que será utilizada onde mais se precisa, Brasil afora. O tempo urge e tanto empresas como trabalhadores não podem esperar. Disso depende o desenvolvimento e o crescimento da nação.

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*Luiz Alexandre Castanha é administrador de empresas com especialização em Gestão de Conhecimento e Storytelling aplicado à Educação, atua em cargos executivos na área de Educação há mais de 10 anos e é especialista em Gestão de Conhecimento e Tecnologias Educacionais

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