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Qualidade de serviços é 'preocupação permanente', diz Saúde do Estado de São Paulo

Pasta afirma que já forneceu ao Ministério Público as informações solicitadas no âmbito de inquérito sobre contratos com o Seconci, um de seus maiores prestadores de serviços na área

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Por Luiz Vassallo
Atualização:

Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. Foto: Reprodução/Google Street View

A Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo afirmou, nesta terça-feira, 3, que 'já forneceu as informações solicitadas pelo Ministério Público e segue à disposição do órgão', que investiga a execução de contratos da Pasta com o Serviço Social da Construção Civil (Seconci), um de seus maiores prestadores de Serviços.

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A reportagem mostra, nesta semana, uma série sobre apuração da Receita Federal que apontou uso de dinheiro público para subcontratar empresas dos próprios dirigentes, pagamento de serviços nunca executados, superfaturados e outras irregularidades. (Leia o primeiro capítulo aqui)

O caso foi parar no Ministério Público de São Paulo.

Segundo apontamento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, a entidade recebeu R$ 5 bilhões em repasses do Estado em cinco anos, entre 2013 e 2018. A entidade também mantém contratos com a Prefeitura de São Paulo.

Em resposta, a Secretaria Estadual diz que ''preza pela transparência, monitoramento e controle dos contratos de gestão, com rigorosa verificação de cumprimentos pela Secretaria, bem como acompanhamento de órgãos de controle (internos, como a Secretaria da Fazenda e Planejamento, e externos, como o Tribunal de Contas do Estado), parlamentares, representantes do Conselho Estadual de Saúde e profissionais renomados da área da saúde oriundos de outras instituições'.

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"Além disso, todas as informações referentes aos contratos de gestão são disponibilizadas no Portal da Transparência", afirma.

"O aprimoramento da gestão e da qualidade dos serviços é preocupação permanente da pasta. Por isso, os contratos de gestão estabelecem os indicadores e metas de atendimento pelas OSS, que podem contratar pessoas físicas ou jurídicas para o atendimento à população", relata.

Segundo a Saúde de São Paulo, as entidades 'devem também prestar contas ao Estado em relação ao uso dos recursos públicos que recebem, o que tem sido feito regularmente'. "Para toda e qualquer excepcionalidade constatada, ou apontada por órgãos de controle, são tomadas providências ou prestados os devidos esclarecimentos".

COM A PALAVRA, A SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO PAULO

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) enviou resposta preliminar aos questionamentos do MP/SP no último dia 08. Cabe ressaltar que os apontamentos, primordialmente, não compreendem unidades desta municipalidade e a administração busca informações mais detalhadas. A pasta está atenta a qualquer irregularidade nos contratos vigentes e totalmente à disposição do Ministério Público para qualquer esclarecimento e colaboração.

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A SMS esclarece que a gestão atual promoveu reforço substancial no corpo de técnicos que analisam a prestação de contas dos contratos firmados com a pasta. Foram realizadas auditorias nos anos de 2016, 2017 e 2018, que resultaram em ampla revisão do cumprimento das metas qualitativas e quantitativas pelas organizações sociais, gerando, inclusive, descontos nos repasses.

A Controladoria Geral do Município de São Paulo está apurando o caso por meio da Corregedoria Geral do Município e da Coordenadoria de Auditoria Geral.

 

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