Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Publicidade no digital: há regras que precisamos conhecer

PUBLICIDADE

Por Marici Ferreira e Sandra Martinelli
Atualização:
Marici Ferreira e Sandra Martinelli. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Neste mês de outubro, quando se comemora o Dia das Crianças, 23 associações se mobilizaram e se engajaram para o lançamento de campanhas que têm como tema central a comunicação responsável de produtos e servic?os destinados a esse público. Em 2021, as atenções estão voltadas ao conteúdo digital, que foi inspirado no Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (CBAP) e no Guia de Publicidade para Influenciadores Digitais, recentemente publicado pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).

PUBLICIDADE

Essa iniciativa pretende dialogar com vários públicos, mas um em especial: o profissional de comunicação. Hoje, o ambiente digital, cada vez mais, tem um olhar que vai além da criação do conteúdo. É importante que esse conteúdo respeite práticas saudáveis de fala, com ética e responsabilidade. Se a publicidade está sendo divulgada por um influenciador de forma estruturada, deve estar evidente no momento de sua divulgação. Há regras para isso, e o material construído pelas entidades destaca as principais.

Com o tema "Publicidade responsável: no digital também não se brinca", as associac?o?es contaram na campanha com o apoio do Departamento de Protec?a?o e Defesa do Consumidor (DPDC), ligado à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). Com mensagens claras e objetivas para que os profissionais compreendam a importa?ncia de comunicar adequadamente produtos e servic?os destinados a crianc?as e adolescentes, o material também foi editado em forma de cartilha por uma iniciativa da Associação Brasileira de Licenciamento de Marcas e Personagens (Abral).

O objetivo das campanhas e? estimular a reflexa?o em relac?a?o ao consumo e aos ha?bitos sauda?veis de modo geral, lembrando que qualquer comunicac?a?o publicita?ria de produtos e servic?os destinados a crianc?as e adolescentes deve estar claramente identificada. Nas campanhas deve ser destacada a distinc?a?o da publicidade em relac?a?o aos demais conteu?dos gerados pelo Influenciador.

Toda essa atenção deve-se a uma série de fatores. O primeiro deles é lembrar que somente 20% das crianças brasileiras têm acesso ao conteúdo gerado pelas redes de canais fechados. A programação das TVs abertas migrou ou deixou de existir por falta de apoio financeiro. O segundo deles é a relevância das plataformas digitais, que acolheu a população carente de conteúdo, principalmente em um momento de pandemia. Não por acaso, o Google lançou também um guia de boas práticas para a publicidade on-line voltada ao público infantil, conteúdo desenvolvido junto com o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), com a participação do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Publicidade

Ao dar o seu apoio à iniciativa das entidades, a Senacon afirmou que no Brasil temos o modelo da livre iniciativa, e o dever de informação ao consumidor possui esta mesma prerrogativa de promoção de liberdade. Assim, a autonomia de escolha enquanto consumidores deve sempre estar relacionada às informações claras e precisas que recebemos. A Senacon lembra que é fundamental sermos responsáveis com o valor da comunicação sobre produtos e serviços que entregamos às nossas crianças e adolescentes.

No ano passado,a Associac?a?o Brasileira de Anunciantes (ABA) e pela Abral já haviam se reunido a esse mesmo grupo em torno da campanha "Com publicidade responsa?vel na?o se brinca",publicac?a?o de posts divulgados nas plataformas de mi?dias sociais de todos os participantes, apresentando textos baseados em regras do Conselho Nacional de Autorregulamentac?a?o Publicita?ria (Conar). A campanha de 2020 trazia exemplos pra?ticos de como aplicar as normas no desenvolvimento de campanhas e pec?as publicita?rias.

O sucesso da campanha do ano passado motivou a iniciativa de 2021. A intenção é reforçar seus objetivos de estimular a reflexa?o das empresas em relação ao consumo e a?s boas pra?ticas da comunicac?a?o como parte fundamental da estrate?gia de negócios. É um caminho importante que não tem desvios nem rotas alternativas.

*Marici Ferreira é presidente da Associação Brasileira de Licenciamento de Marcas e Personagens (Abral)

*Sandra Martinelli é presidente executiva da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA)

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.