Inconformado com a absolvição de antigos dirigentes da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), o Ministério Público voltou à carga. Por meio de recurso de apelação, em 271 páginas o promotor de Justiça José Carlos Blat requereu a condenação de cinco acusados, entre eles o ex-presidente da Bancoop João Vaccari Neto, que está preso desde abril de 2015 em Curitiba, réu da Operação Lava Jato.
O promotor atribui a Vaccari formação de quadrilha, estelionato (1133 vezes), falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Vaccari e outros quatro acusados - Ana Maria Érnica, Tomás Edson Botelho Fraga, Leticya Achur Antonio e Henir Rodrigues de Oliveira - foram todos absolvidos pela 5.ª Vara Criminal da Capital. O promotor pede que o recurso seja julgado procedente e que Vaccari e os outros denunciados sejam condenados.
O criminalista Luiz Flávio Brges D'Urso, que defende Vaccari, afirma que o ex-presidente da Bancoop jamais cometeu qualquer ato ilícito.
COM A PALAVRA, A DEFESA DE ANA MARIA ERNICA: Os advogados Rubens de Oliveira e Rodrigo Carneiro Maia, defensores de Ana Maria Ernica, informaram que ela 'jamais praticou qualquer ato ilícito'.
"A sra. Ana Maria Ernica sempre foi inocente, o que foi ratificado pela irreparável sentença de 1.ª instância, exarada após duradoura instrução processual. Foram cerca de seis anos. Assim, resta amplamente consignado que Ana jamais praticou qualquer ato ilícito."