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Promotoria pega RS 1,6 milhão em dinheiro na casa do presidente da Cohab de Bauru

Edison Gasparini Júnior foi um dos alvos da Operação João de Barro, que realizou 14 buscas nesta terça, 17, para investigar suposto desvio de dinheiro público da Companhia de Habitação Popular de Bauru

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Foto do author Pepita Ortega
Foto do author Fausto Macedo
Por Pepita Ortega e Fausto Macedo
Atualização:

Atualizada às 12h54 do dia 18.12 com posicionamento da Cohab Bauru

 Foto: Estadão

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Dinheiro apreendido durante a Operação João de Barro. Foto: Gaeco BauruO Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo apreendeu nesta terça, 17, R$ 1,607 milhão na casa do presidente da Companhia de Habitação Popular de Bauru, Edison Gasparini Júnior, durante as buscas da Operação João de Barro. A ação foi desencadeada para investigar suposto desvio de dinheiro público da Companhia de Habitação Popular de Bauru, além dos crimes constituição e participação em organização criminosa, lavagem de capitais e outros.

Agentes cumpriram 14 mandados de busca e apreensão em endereços de Bauru (10), Arealva (01), Marília (02) e Brasília (01). Entre os alvos das medidas estavam residência de representantes da COHAB Bauru, a sede da Companhia e também endereços das construtoras e de seus sócios.

As ordens foram expedidas por ordem do Juízo da 4ª Vara Criminal de Bauru.

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Dinheiro apreendido durante a Operação João de Barro. Foto: Gaeco Bauru

Segundo o Gaeco, a apuração teve início em janeiro e analisou quatro acordos firmados pela COHAB Bauru junto a construtoras no âmbito de processos judiciais. Além disso, o patrimônio dos investigados ligados à Companhia também foi analisado.

A investigação identificou algumas condutas suspeitas: doação de imóvel milionário em quitação de uma dívida que representava em torno de 10% do valor do bem; realização de acordos à revelia dos patronos contratados para a causa; pagamentos antecipados, antes mesmo da formalização de acordos, e sem comunicação do Juízo; omissão deliberada na compensação da dívida que duas dessas construtoras tinham com a COHAB.

Dinheiro apreendido durante a Operação João de Barro. Foto: Gaeco Bauru

Dinheiro apreendido durante a Operação João de Barro. Foto: Gaeco Bauru

Dinheiro apreendido durante a Operação João de Barro. Foto: Gaeco Bauru

Dinheiro apreendido durante a Operação João de Barro. Foto: Gaeco Bauru

COM A PALAVRA, EDSON GASPARINI JÚNIOR

A reportagem busca contato com Edson Gasparini Júnior. O espaço está abeto para manifestações (pepita.ortega@estadao.com)

COM A PALAVRA, A COHAB

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"Os mandados apresentados pelo Ministério Público foram integralmente cumpridos.

Em que pese a opinião do Ministério Público no sentido de ter havido dano ao erário, salientamos que a Cohab/Bauru é uma sociedade de economia mista com personalidade jurídica de direito privado, e que seus contratos sempre são celebrados dentro da legalidade, com a estrita observância das regras e leis vigentes.

A Cohab/Bauru irá colaborar com a investigação, fornecendo todos os meios de prova solicitados.

Informo ainda que, na data de hoje, haverá uma assembléia extraordinária na qual o conselho decidirá sobre o futuro da diretoria atual.

Permanecemos à disposição para esclarecimentos ulteriores."

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