O Ministério Público Eleitoral de São Paulo promoveu o arquivamento de uma notícia de fato apresentada pelo presidente da Embratur, Gilson Machado Guimarães Neto, contra a deputada federal Joice Hasselmann.
O chefe da estatal acusou a parlamentar de ter utilizado um jingle no pleito de 2018 sem informar à Justiça Eleitoral. Intimada a se manifestar, Joice alegou que 'o fonograma em comento foi produzido de forma independente e disponibilizado na internet por apoiadores de sua candidatura'.
Segundo a defesa de Joice, seria impossível fazer o controle de todo bem digital disponível na internet que utilizou o seu nome e número de urna nas eleições de 2018, pois se tratam de materiais produzidos por pessoas não contratadas pela sua campanha.
O Ministério Público Eleitoral apontou que não foram apresentadas provas suficientes sobre suposta conduta irregular da deputada e pediu arquivamento do caso.
"Confrontados os elementos de informação disponibilizados pelo representante, com a resposta da representada, não se verifica a existência de qualquer evidência no sentido de que a produção do jingle tenha sido doada, seja pela ausência de contrato ou de recibo de doação", apontou a Promotoria Eleitoral. "E mais, não há prova a notícia sobre omissão da doação somente ocorreu passados quase dois anos das eleições de 2018".
Procurado, o advogado Gustavo Guedes, que defende a campanha, afirmou que 'está claro que essa é mais uma tentativa do entorno do presidente de prejudicar a Joice'. A deputada foi eleita em 2018 na esteira do bolsonarismo, mas rompeu com o Planalto no ano passado. Joice também é candidata à Prefeitura de São Paulo.