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Promotoria denuncia ex-marido por feminicídio de juíza no Rio

Engenheiro Paulo José Arronenzi é apontado como autor do assassinato da ex-esposa, Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, morta com 16 facadas na véspera do Natal e na frente das três filhas do casal

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Por Rayssa Motta
Atualização:

Viviane Vieira do Amaral Arronenzi foi assassinada pelo ex-marido na frente das filhas na véspera de Natal. Foto: Acervo pessoal

O Ministério Público do Rio de Janeiro apresentou nesta quarta-feira, 30, denúncia formal à Justiça contra o ex-marido da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi por homicídio quintuplamente qualificado.

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A DENÚNCIA

O engenheiro Paulo José Arronenzi é apontado como autor do assassinato da ex-esposa, morta com 16 facadas na véspera do Natal e na frente das três filhas do casal (duas gêmeas de 7 anos e uma de 9 anos). Ele foi preso em flagrante.

Na avaliação da promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho, que assina a denúncia, o crime é configurado como feminicídio - o assassinato de uma mulher em contexto de violência doméstica e familiar ou em decorrência do menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Como agravante, foi apontada a impossibilidade de defesa diante do ataque, a presença das filhas menores de idade no momento do crime, a motivação financeira e a multiplicidade de facadas.

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"O crime foi praticado por motivo torpe, pois em razão do inconformismo do denunciado com o término de seu casamento com a vítima, principalmente pelas consequências financeiras desta separação", diz um trecho da denúncia. "O delito foi cometido por meio cruel, consubstanciado pela multiplicidade de facadas desferidas pelo denunciado por todo o corpo da vítima, notadamente em seu rosto", completa a promotora.

Além da condenação, o MP pleiteia o pagamento de indenização pelos danos materiais e morais causados à família da juíza.

Filmado por uma testemunha, o crime ocorreu por volta das 18h30, quando Viviane levava as filhas para passar o Natal com o pai na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O laudo da necropsia do Instituto Médico Legal (IML) apontou perfurações no rosto, na cabeça e nas costas.

 

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