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Promotor denuncia petista por tentativa de homicídio em frente ao Instituto Lula

Para Luiz Eduardo Levit Zilberman, do Ministério Público Estadual de São Paulo, Manoel Eduardo Marinho, o 'Maninho do PT', e seu filho, Leandro Eduardo Marinho, o 'Maninho' 'negaram socorro à vítima, assumindo o risco de que a morte do empresário Carlos Alberto Bettoni pudesse ocorrer'

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Por Luiz Vassallo
Atualização:

EFE/Sebastião Moreira/ATENCIÓN EDITORES: CONTENIDO GRÁFICO EXPLÍCITO Foto: Estadão

O promotor Luiz Eduardo Levit Zilberman denunciou o ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, o 'Maninho do PT', e seu filho, Leandro Eduardo Marinho, o 'Maninho', por tentativa de homicídio contra o empresário Carlos Alberto Bettoni, no dia 5 de abril, em frente à sede do Instituto Lula, em São Paulo. O promotor imputa a pai e filho conduta dolosa, porque teriam agido com emprego de meio cruel e por motivo torpe.

O sindicalista Paulo Aparecido Cayres, conhecido como 'Paulão', que chegou a ser indiciado, não é alvo da denúncia - em relação a ele, o promotor pediu o arquivamento do caso.

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DENÚNCIA

Segundo o promotor, 'na suposição de que o ofendido fosse um opositor do ex-Presidente, os indiciados, agindo em concurso de agentes, passaram a agredi-lo com emprego de chutes, empurrões e pontapés'.

"À certa altura, quando Carlos Alberto já estava na via e fora da calçada, os indiciados, mesmo percebendo a aproximação de um caminhão pela via, assumindo e aceitando os riscos de produzir o resultado morte, empurraram derradeiramente a vítima em direção à rua com violência", afirmou.

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Bettoni bateu a cabeça na lateral de um caminhão e foi hospitalizado.

"Os indiciados, após constatarem que o ofendido estava imóvel e desacordado na rua, dando claras mostras uma vez mais de que o resultado morte lhes era absolutamente indiferente, afastaram-se do local, sem prestar qualquer socorro a ele mesmo estando a poucos metros do Hospital São Camilo situado nas imediações. Ainda assim, negaram socorro à vítima, assumindo o risco de que a morte pudesse ocorrer", acusa o promotor.

Para o promotor, o 'crime foi cometido por motivo torpe decorrente de intolerância diante da suposição de que a vítima estivesse no local a protestar contra o ex-Presidente da República e seus apoiadores políticos'.

"O crime foi cometido com emprego de meio cruel eis que, ao projetarem a vítima com empurrões em direção à via por onde trafegava veículo de grande porte, os indiciados elegeram, para prática delitiva, meio apto a provocar no ofendido intenso e atroz sofrimento físico, em contraste com o mais elementar sentimento de piedade humana", concluiu.

'Paulão', que foi flagrado tentando chutar o empresário e acabou desmoronando na calçada, não foi denunciado. Para o promotor, 'as imagens revelam de forma nítida que Paulo Aparecido teve participação nas agressões perpetradas contra a vítima'. No entanto, destaca que 'a agressão por ele perpetrada resumiu-se a um chute contra o ofendido (Bettoni) quando ele ainda estava na calçada'.

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"Na oportunidade, o próprio indiciado desequilibrou-se e caiu sozinho ao chão, não mais praticando qualquer ato violento na sequência, como é possível se verificar claramente nas imagens captadas no local", afirmou.

COM A PALAVRA, MANINHO DO PT

A reportagem está tentando contato com a defesa. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO DANIEL BIALSKI, QUE DEFENDE BETTONI

Daniel Bialski, que defende o empresário Carlos Alberto Bettoni ressalta que "É evidente que estamos diante de um caso de homicídio, que não se consumou por circunstâncias alheias à vontade dos agressores". E, complementa "Carlos Alberto teve sorte de existir hospital defronte ao local dos fatos. O Ministério Público foi diligente e célere, referendando nosso pedido para adequação típica em sua primeira manifestação e, neste momento, com o oferecimento da denúncia, se aguardando a abertura da ação penal . Esperemos agora a punição exemplar dos autores deste hediondo ato" conclui Bialski.

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