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Procuradoria vai levar à Corregedoria Nacional do MP cronograma do caso Alstom

Documento mostra que promotor Silvio Marques não dá tréguas a cartel nas áreas de energia e transportes de governos tucanos

Por Mateus Coutinho
Atualização:

por Fausto Macedo

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Decidida a mostrar que o promotor Silvio Antonio Marques não cometeu irregularidade ou omissão na condução do caso Alstom - suposto esquema de cartel e pagamento de propinas para agentes públicos das áreas de energia e transportes dos governos do PSDB no Estado, entre 1995 e 2003 -, a Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo vai encaminhar à Corregedoria Nacional do Ministério Público cronograma de todos os atos praticados no curso da investigação.

O corregedor nacional do MP Alessandro Tramujas abriu procedimento denominado reclamação disciplinar com base em representação da liderança do PT na Assembleia Legislativa paulista, que pediu correição extraordinária na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social, onde Silvio Marques atua há 15 anos, período em que processou centenas de administradores públicos, servidores estaduais e municipais e políticos de partidos diversos por corrupção, improbidade e fraudes com recursos do Tesouro.

O pedido do PT não cita nome de nenhum promotor. Mas o Conselho Nacional do Ministério Público divulgou na segunda feira, em seu site, o nome de Marques como alvo da apuração, "Os promotores estão chocados", disse Saad Mazloum, colega de Marques.

A linha do tempo que a Procuradoria Geral de Justiça prepara do caso Alstom para levar ao corregedor nacional contém longa sequência de medidas adotadas por Marques, desde 2008, inclusive ajuizamento na 6.ª Vara da Fazenda Pública da Capital de uma ação cautelar de sequestro de valores do conselheiro Robson Marinho, do Tribunal de Contas do Estado, ex- chefe da Casa Civil do tucano Mário Covas (1995/1998) e do economista Jorge Fagalli Neto - detentores de ativos na Suíça, segundo inquérito.

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A apuração, no entanto, esbarrou nos múltiplos recursos que Marinho interpôs,  inclusive na Suíça, para que não sejam enviados ao Brasil extratos bancários de sua conta.

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