O Ministério Público Federal pediu a condução coercitiva da ex-primeira-dama dona Marisa Letícia, dentro da Operação Aletheia - 24ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira, 4, tendo como principal alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"A par do cumprimento dos mandados de busca e apreensão (acaso deferida a medida cautelar), revela-se no presente caso, necessária, adequada e proporcional a condução coercitiva dos representados Luiz Inácio Lula da Silva e Marisa Letícia Lula da Silva para que prestem declarações perante a autoridade policial imediatamente após o cumprimento das buscas", registra a petição da força-tarefa feita no dia 22 de fevereiro.
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LEIA DECISÃO DO JUIZ SÉRGIO MORO"A medida também se mostra adequada, necessária, proporcional e oportuna em relação à Marisa Letícia, pois, na condição de esposa de Lula, a sua oitiva por meio de intimação previa e amplamente divulgada, poderia também gerar inquietação social. Além disso, ela está diretamente ligada aos fatos sob apuração, sobretudo ao apartamento no Guarujá/SP, sendo que oportunizar o seu depoimento é necessário, e sua condução coercitiva não representa cerceamento real de sua liberdade de locomoção."
O pedido foi negado, no entanto, pelo juiz federal Sérgio Moro. "Em relação ao pedido de condução coercitiva de Marisa Letícia Lula da Silva, indefiro. Em relação a ela, viável o posterior agendamento do depoimento com a autoridade policial, sem que isto implique maior risco à ordem pública ou a terceiros."