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Procuradoria quer explicações do governo do Pará sobre aumento de casos de covid-19

Governo estadual registrou mais de mil contaminações em um único dia, o que levou a prefeitura de Belém a suspender as aulas na capital; Ministério Público Federal também cobra punição do governo ao empresário Luciano Hang por aglomeração na inauguração de uma das lojas Havan no Estado

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Por Paulo Roberto Netto
Atualização:

O Ministério Público Federal (MPF) cobrou explicações do governo do Pará sobre o aumento do número de casos de covid-19 no Estado e quais medidas estão sendo adotadas para evitar um novo pico da doença. Entre os questionamentos estão prazos para a análise de risco dos municípios do Estado e ações de fiscalização de regras sanitárias e de distanciamento social.

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A Procuradoria também exigiu do governo estadual medida para punir o empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan. Segundo o MPF, a inauguração de uma unidade em Belém no último dia 10 é apontada como 'cena de barbárie' e possível inércia de fiscalização de medidas de prevenção ao novo coronavírus. Por essa razão, um dos itens pede ao governo informações sobre como policiais e agentes de fiscalização têm atuado para coibir grandes aglomerações.

Para os procuradores, há risco de que o descumprimento das medidas sanitárias no Estado tenha virado 'rotina'. Além da inauguração da loja da Havan, o MPF apontou como exemplo de aglomeração um show patrocinado pela Prefeitura de Tailândia, a 240 quilômetros de Belém.

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Movimentação das pessoas na periferia de Belém, no Pará Foto: Raimundo Pacco/EFE

A Prefeitura de Belém que suspendeu as aulas nesta quinta, 29, após o aumento de contaminações na capital, também foi questionada. A Procuradoria pediu informações sobre quais unidades de saúde estão lidando especificamente com casos de covid-19 e como ficará o quadro das escolas com o novo cenário de aumento de casos.

As aulas na rede privada estavam autorizadas pelo governo estadual desde 1º de setembro e, na rede municipal, elas retornaram no dia 14 do mesmo mês. Nesta semana, porém, o governador Helder Barbalho (MDB) afirmou que as aulas presenciais na rede estadual só serão retomadas no ano que vem - as escolas estão fechadas desde 18 de março.

Hospitais da rede particular do Estado também deverão informar a Procuradoria sobre a situação dos casos de covid-19 em suas unidades, especificamente se e quando houve aumento da demanda. As taxas de ocupação de UTI, uso de respiradores e a possibilidade de ampliação de leitos deverão constar nos ofícios de resposta.

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