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Procuradoria abre nova etapa da Drácon contra propinas na Câmara do DF

Mandados de condução coercitiva atingem ex-assessor da deputada distrital Celina Leão (PPS) e assessor do deputado Bispo Renato (PR)

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Foto do author Fausto Macedo
Por Mateus Coutinho , Julia Affonso e Fausto Macedo
Atualização:

Câmara distrital. Foto: Reprodução/Google Street View

A Procuradoria-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios deflagrou, nesta segunda-feira, 17, a terceira fase da Operação Drácon, com objetivo de desarticular um esquema de pagamento de propina na destinação e liberação de sobras orçamentárias da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Já é a terceira operação contra o esquema de corrupção no Legislativo do DF em três meses.

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As informações foram divulgadas no site do Ministério Público do DF.

Esta fase da operação cumpre mandados de busca e apreensão em dois locais, além de mandados de condução coercitiva contra Sandro de Vieira Morais, ex-assessor da deputada distrital Celina Leão (PPS), e Alexandre Braga Cerqueira, assessor do deputado distrital Bispo Renato(pr)

Segundo o Ministério Público do DF, Morais e Cerqueira foram flagrados pelas câmeras de segurança da Câmara carregando documentos antes da primeira fase da Operação Drácon.

Deputados. Na primeira etapa da operação, deflagrada em agosto deste ano, foram cumpridos 14 mandados de buscas e apreensões e oito de condução coercitiva. Os mandados tinham como alvos os deputados Celina Leão (PPS), Bispo Renato (PR), Júlio Cesar (PRB), Raimundo Ribeiro (PPS) e Cristiano Araújo (PSD), além do ex-servidor da CLDF Valério Neves, do servidor Alexandre Braga e do ex-presidente do fundo de saúde do DF Ricardo Cardoso. Eles foram cumpridos nos gabinetes dos deputados e da presidência da Câmara Legislativa do DF e nas residências dos parlamentares.

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A investigação também determinou na época o afastamento do Presidente dos membros da Mesa Diretora da Câmara Legislativa do Distrito Federal, até o fim das investigações. Na segunda etapa da operação, realizada em setembro, foram feitas novas buscas na Câmara e os investigadores já começaram a suspeitar que alguns documentos haviam sido retirados da Casa.

Agora, nesta terceira fase, a Procuradoria avança sobre os suspeitos de retirarem o material do Legislativo antes da primeira etapa da operação.

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