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Procuradoria abre investigação sobre naufrágio que matou 18 no Amapá

Ministério Público Federal abriu inquérito para se houve descumprimento de normas básicas de segurança aquaviária e ‘provável atentado contra a segurança do transporte fluvial’ em episódio envolvendo o navio Anna Karoline III que afundou no Rio Amazonas no sábado, 29; Polícia Militar, Bombeiros e Marinha ainda procuram por desaparecidos no rio Amazonas

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Por Pepita Ortega
Atualização:

Cerca de 50 agentes da PM, dos Bombeiros e da Marinha realizam operação na região do naufrágio do Anna Karoline III. Foto: Marcelo Loureiro | Secom GEA

O Ministério Público Federal instaurou investigação criminal nesta segunda, 2, sobre as circunstâncias do naufrágio do navio Anna Karoline III, que ocorreu na madrugada do sábado, 29, no Rio Amazonas, na região Sul do Amapá e deixou 18 mortos. A Procuradoria quer apurar se houve descumprimento de normas básicas de segurança aquaviária, como sobrecarga e irregularidades no número e local de armazenamento dos coletes salva-vidas da embarcação.

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Em nota, o MPF registrou que pediu informações sobre a documentação do navio e de seus responsáveis à Capitania dos Portos, à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e à empresa de navegação Erlon Rocha Transporte Ltda.

Além de apurar as circunstâncias do naufrágio, que podem indicar a ocorrência de infrações penais, o órgão vai investigar 'provável atentado contra a segurança do transporte fluvial'.

O navio Anna Karoline III saiu do Porto do Grego, em Santana (AP), na sexta-feira, às 18h, com destino ao município de Santarém, no Pará, onde deveria chegar as 6h deste domingo.

No entanto, pouco antes das 5h da manhã de sábado, a embarcação, de porte médio, afundou próximo à localidade conhecida como Boca do Rio Jari, região sul do Amapá, a 290 quilômetros de Macapá.

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Navio Anna Karoline III naufragou no Rio Amazonas próximo à localidade conhecida como Boca do Rio Jari, região sul do Amapá Foto: Reprodução/Redes sociais

Segundo boletim divulgado no fim da tarde desta segunda, 2, 46 sobreviventes foram resgatados. O governo do Estado indicou ainda que há ao menos 12 desaparecidos, sendo que as famílias reportaram inicialmente 30.

Mais de 50 agentes trabalham na ação realizada na região onde o Anna Karoline III afundou, entre policiais militares e bombeiros do Amapá e do Pará, além de integrantes da Marinha. O efetivo conta com 18 mergulhadores, 9 do Corpo de Bombeiros do Amapá e 9 do do Pará.

Duas centrais de Acolhimento e Apoio foram montadas no Amapá após o naufrágio, uma em Santana, no Quartel do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), e outra em Macapá, na sede da Politec, onde há identificação dos corpos. Ambos os centros contam com assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros, diz o governo.

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