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Procuradoria abre inquérito para investigar como megatraficante de armas, condenado a 27 anos, deixou a prisão de Bangu pela porta da frente

Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial vai apurar liberação de João Filipe Barbieri após cumprimento de apenas três anos da pena

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Por Redação
Atualização:

O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta sexta-feira, 12, que abriu inquérito para apurar a soltura do traficante de armas João Filipe Barbieri, que deixou a cadeia no Rio de Janeiro após cumprir apenas três dos 27 anos de prisão.

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A investigação, determinada pelo procurador Eduardo Benones, será conduzida pelo Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF.

Nesta primeira etapa, foram solicitados esclarecimentos da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado e da 8ª Vara Federal Criminal. O desembargador Marcelo Granado, relator do processo por associação para o tráfico e tráfico internacional de armas aberto contra o traficante na Justiça Federal, também foi notificado sobre a apuração.

Complexo penitenciário de Gericinó (Bangu), na zona oeste do Rio. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A suspeita é a de que Barbieri tenha usado um alvará de soltura falso para deixar o complexo de Bangu, na zona oeste do Rio, pela porta da frente em novembro de 2020. Embora já tenha recebido uma cópia do documento, o Ministério Público Federal ainda não confirmou a fraude.

O caso foi revelado na terça-feira, 9, pela TV Globo. O traficante é enteado de Frederick Barbieri, homem conhecido como 'Senhor das Armas', que hoje está preso nos Estados Unidos. A quadrilha teria enviado mais de mil fuzis ao Brasil dentro de aquecedores de piscina.

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Segundo a reportagem, a soltura de Barbieri foi autorizada por uma decisão interlocutória - tomada durante o processo sem a resolução definitiva do caso. O alvará é atribuído pela Secretaria de Administração Penitenciária à 8ª Vara Federal Criminal do Rio. A Justiça Federal, no entanto, nega que tenha emitido qualquer documento para tirar o traficante da cadeia. Depois que o caso veio à tona, uma nova ordem de prisão foi emitida pelo desembargador.

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