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Procurador-geral Militar apoia Aras

Em meio a protestos de membros do Ministério Público Federal, que criticam a escolha fora da lista tríplice da categoria, Jaime de Cássio Miranda se diz 'confiante na disposição' do subprocurador-geral para 'fortalecer a instituição'

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Por Rafael Moraes Moura/BRASÍLIA e Luiz Vassallo/SÃO PAULO
Atualização:

Procurador-geral de Justiça Militar, Jaime Miranda. Foto: Ministério Público Militar

O procurador-geral de Justiça Militar, Jaime de Cassio Miranda, manifestou, nesta segunda, 9, 'apoio' à indicação do subprocurador-geral Augusto Aras à Procuradoria-Geral da República, feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). Em meio a protestos de membros do Ministério Público Federal, que criticam a escolha fora da lista tríplice da categoria, Miranda se diz 'confiante na disposição' de Aras para 'fortalecer a instituição'.

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Segundo Miranda, Aras 'certamente conta com experiência bastante para o exercício de tão nobre ofício, que compreende não somente a busca da justiça em prol da sociedade brasileira, mas também a relevante tarefa de chefiar o Ministério Público da União (MPU)'.

"Confiante na disposição do indicado de garantir a harmonia e a equanimidade entre os quatro ramos do MPU, com o objetivo de fortalecer a instituição, o Ministério Público Militar, enquanto um de seus integrantes, certamente estará à disposição para contribuir com o aperfeiçoamento da administração e com o cumprimento das atribuições constitucionais do Ministério Público, bem como para encontrar soluções para os desafios que naturalmente se farão presentes, ao tempo em que confia que o Senado Federal chancelará a indicação", diz.

No início de 2019, Jaime de Cássio Miranda chegou a levar ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) a proposta de 'cisão' do cargo de procurador-geral da República em duas cadeiras.

Crítico à lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Miranda propõe a criação de um cargo para chefiar o Ministério Público da União, que cuidaria de questões orçamentárias e administrativas e seria escolhido em rodízio, por membros dos diferentes ramos do MP.

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A proposta foi pelo então presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho Cavalcanti, que vê 'equívocos na interpretação da lei' por Miranda e atribui à iniciativa 'mágoa' do procurador-geral Militar com a chefe do Ministéro Público Federal, Raquel Dodge, relacionada a supostas discordâncias sobre o orçamento de 2019. A ANPR é a responsável por entregar a lista ao presidente da República, que, neste ano, não foi seguida por Bolsonaro.

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