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Procurador arquiva investigação sobre suposta intervenção de Michelle Bolsonaro na Caixa para empréstimos do Pronampe

Após colher informações do banco, Carlos Henrique Martins Lima, que atua no Núcleo de Combate ao Crime e à Improbidade Administrativa no DF, entendeu que 'inexiste linha de investigação a ser adotada para se dar continuidade às apurações'

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Por Pepita Ortega
Atualização:

A primeira-dama Michelle Bolsonaro. Foto: Alan Santos/Planalto

O procurador Carlos Henrique Martins Lima, que atua no Núcleo de Combate ao Crime e à Improbidade Administrativa do Ministério Público Federal no Distrito Federal, determinou o arquivamento de uma apuração sobre suposta intervenção da primeira-dama Michelle Bolsonaro junto à Caixa Econômica Federal para liberação de empréstimos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte a Microempresários (Pronampe) a amigos da família Bolsonaro.

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No âmbito do procedimento aberto para apurar o caso, Lima pediu esclarecimentos à CEF. Em resposta, o banco detalhou como funciona a concessão de empréstimos como tais, alegando 'ausência de irregularidade'. Em despacho datado de 13 de dezembro, o procurador entendeu que 'inexiste linha de investigação a ser adotada para se dar continuidade às apurações'.

A apuração foi aberta após a revista eletrônica Crusoé publicar reportagem, em outubro de 2021, implicando não só a mulher do presidente Jari Bolsonaro, mas também o presidente da Caixa, Pedro Guimarães - com quem a primeira-dama teria tratado pessoalmente sobre os empréstimos a amigos, sem que fossem analisados com os mesmos critérios usados para outros clientes do banco.

A revista publicou e-mail atribuído a uma assessora especial da Presidência da República que mencionou uma 'conversa telefônica' entre Michelle e Guimarães e tratava do encaminhamento de "documentos dos microempresários de Brasília que têm buscado crédito a juros baixos".

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